Critérios para calagem em solos do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: Quaggio, José Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20220207-234750/
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido com os objetivos de caracterizar-se a acidez de solos representativos do Estado de são Paulo e propor uma técnica de análise de solo para a recomendação de calagem dotada de fundamentos teóricos, flexível a fim de permitir o cálculo das doses de calcário, de acordo com as exigências das culturas e ajustada às condições dos laboratórios de rotina de análise de solo. Para tanto, fez-se uma revisão de literatura procurando-se a evolução histórica dos conceitos ligados a acidez dos solos e dos principais métodos de recomendação de calagem. Para facilitar a organização da revisão, os métodos foram agrupados segundo os princípios analíticos. Vinte e seis amostras pertencentes às principais unidades de mapeamento de solos do Estado de São Paulo foram coletadas, utilizando-se como critérios de seleção a representatividade em relação aos solos do Estado, ampla variação nos teores de argila, matéria orgânica, alumínio e bases trocáveis, com o propósito de se obter uma série de solo com grande variação na capacidade tampão. Como resultados, encontrou-se que a capacidade de troca de cations (CTC) desses solos depende principalmente da fração orgânica, enquanto que a contribuição da fração mineral é modesta. Por conseguinte, a acidez potencial deles é oriunda principalmente da dissociação de grupos funcionais da matéria orgânica, uma vez que, os teores de alumínio trocável são baixos, com um teor médio da ordem de 0,83 meq/100cm3 de terra, e sempre bem menores do que os teores de hidrogênio. Desenvolveu-se uma técnica para a determinação de H + Al em amostras de solo, que consiste em ler potenciometricamente o pH de equilíbrio da solução tampão de Shoemaker, Mclean e Pratt (SMP) com acidez potencial do solo. Os teores de H + Al são obtidos através de uma equação de regressão calculada com os valores do pH de equilíbrio e os teores de H + Al, determinados na série de solos em estudo pelo método da extração com solução normal de acetato de cálcio a pH 7,0. O método desenvolvido além de ser mais rápido e portanto, mais adaptado às condições dos laboratórios de rotina de análise de solo, possue ainda melhor reprodutibilidade do que o método titulométrico. Foram obtidas correlações entre o pH determinado em água e em solução de cloreto de cálcio 0,01M com o grau de saturação de bases do solo. As equações de regressão obtidas são praticamente idênticas a outras equações de regressão, calculadas anteriormente para os solos do mesmo Estado. Entretanto, cabe ressaltar que o uso do pH determinado em solução de CaCl2 0,01M torna essa correlação ainda mais estreita. Para o cálculo da necessidade de calagem com base na correlação entre o pH e saturação de bases foi desenvolvida uma nova fórmula, na qual, a necessidade de calagem é diretamente proporcional à capacidade de troca de cátions, em condições de igualdade de saturação de bases no solo.