Resposta da bananeira “Nanicão” à calagem na região do Vale do Ribeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: Saes, Luiz Alberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20191218-132436/
Resumo: A acidez do solo tem sido caracterizada como um problema para a bananicultura do Estado de São Paulo, em especial para a região do Vale do Ribeira, onde os solos de um modo geral são bastante ácidos e de fertilidade baixa. Desta maneira, o trabalho foi conduzido com objetivo de estudar-se as respostas da bananeira (Musa cavendish grupo AAA subgrupo cavendish) “Nanicão” à calagem em solo da Estação Experimental de Pariquera-Açu do Instituto Agronômico. Procurou-se também estabelecer critérios, baseados em análises de solo para recomendação adequada de calagem para a bananeira. O delineamento empregado foi de blocos ao acaso com três repetições, utilizando-se o esquema fatorial 4x4 com quatro doses (0, 2, 4 e 6 t/ha) de calcário calcítico e aas mesmas doses de calcário dolomítico, num total de 16 tratamentos aplicados em parcelas com doze plantas úteis, no espaçamento de 3 x 2 m, separadas por linhas duplas de bordaduras. Mudas uniformes de pedaços de rizomas, previamente selecionadas, foram plantadas em 10 de novembro de 1987, cerca de seis meses após a aplicação de calcário. Foram utilizados os resultados de análise de solo e os referentes ao desenvolvimento e produção da planta durante cinco safras e análise de folhas durante quatro safras. A calagem proporcionou melhorias nas condições químicas do solo, reduzindo a acidez e fornecendo cálcio e magnésio para a cultura. Ambos os calcários empregados foram igualmente eficientes na correção da acidez do solo. O incremento na saturação por bases no solo de 20 até 85% não proporcionou ganhos significativos na produtividade da bananeira no período de cinco safras, obtendo produtividades médias das safras acima de 45 t/ha de frutos. A análise conjunta dos dados também não revelou efeitos significativos da calagem sobre a produtividade da bananeira. Teores de Mg no solo e folhas superiores respectivamente a 0,50 meq/100cm3 e 0,27% foram suficientes para prevenir a ocorrência de sintomas de deficiência desse nutriente, conhecido como “Azul da Bananeira”. As relações entre as bases variaram amplamente no solo em função dos tratamentos empregados. Entretanto, essas relações foram muito estáveis nas folhas, o que sugere grande capacidade seletiva da bananeira para absorver os nutrientes do solo. Isto talvez explique também a pequena importância dessas relações entre as bases no solo e a produtividade da bananeira.