Alterações de difusão e perfusão cerebral por RM em angioplastia carotídea com \"stent\" sob proteção cerebral por filtros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Sá Júnior, Antenor Tavares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-22022010-171639/
Resumo: INTRODUÇÃO: A angioplastia carotídea com stent (ACS) sob proteção cerebral é opção terapêutica em pacientes com estenose carotídea. Existe o risco de embolia apesar da utilização do filtro e as modificações na perfusão cerebral após tratamento da estenose carotídea não são claras. O propósito deste estudo é avaliar, após ACS sob proteção cerebral por filtros, modificações nas seqüências de RM de difusão (DWI) e perfusão (PWI), correlacionando-as com os aspectos técnicos da ACS, com as características da estenose e com dados demográficos dos pacientes. MÉTODO: Trinta e seis pacientes portadores de estenose carotídea com idade média de 72,08 anos foram submetidos a exame de RM um dia antes e até 72 horas após a ACS com filtro de proteção. Todos os pacientes eram assintomáticos após a ACS. Áreas de restrição na DWI após a ACS foram correlacionadas com aspectos demográficos, com aspectos da técnica de angioplastia e com a presença de infartos prévios por RM. Os parâmetros CBV volume sanguíneo cerebral, MTT tempo de trânsito médio e TTP tempo para o pico são empregados para análise por PWI. RESULTADOS: Na DWI, 18 de 36 (50,00%) pacientes apresentaram novos focos (NF) de restrição na DWI após ACS. Todos os NF foram clinicamente silenciosos (100%). Estes NF eram localizados em território cerebral nutrido pela artéria carótida submetida à ACS em 77,19% e menores que 10 mm em 91,53%. Os NF em território cerebral não irrigado pela artéria carótida submetida à angioplastia correspondiam a 22,81% destes. A presença de infartos cerebrais prévios na RM foi o único fator com influência no aparecimento de NF (p=0,037). Fatores demográficos e aspectos relacionados com a técnica de angioplastia não tiveram importância na gênese dos NF. Na PWI foi observada melhora nos parâmetros temporais TTP (p<0,001) e MTT (p=0,019) quando comparados de forma normalizada em relação ao território contralateral. CONCLUSÃO: Os novos focos de restrição na DWI após ACS (NF) foram mais comuns no território ipsilateral (77,19%), no entanto houve NF no território contralateral à ACS (22,81%), possivelmente, associados ao cateterismo diagnóstico. Os NF, na sua maioria, são de pequeno diâmetro (<10 mm em 91,53%). Melhora precoce na PWI, observada nos dados normalizados, foi demonstrada nos parâmetros temporais (TTP e MTT).