O intertexto balzaquiano em Recordações do Escrivão Isaías Caminha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Walter Mendes dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-14092012-092944/
Resumo: Esta tese de doutorado pretende fazer uma releitura do romance de estreia de Lima Barreto, Recordações do Escrivão Isaías Caminha. Dividida em quatro capítulos, o presente trabalho questiona a visão da crítica literária tradicional que analisa o livro como mero romance de chave com traços autobiográficos, uma leitura válida porém incompleta. Em seu lugar, o autor propõe uma interpretação intertextual do romance barretiano com Illusions Perdues, de Honoré de Balzac, do qual Lima Barreto faz um aproveitamento criativo da trajetória do protagonista e de temas como o mito de Napoleão, o homem de província na Capital e a crítica à imprensa industrial moderna. Também se apontam a presença de elementos de outras obras da literatura francesa e ocidental em Recordações do Escrivão Isaías Caminha, num grau menor que o do intertexto balzaquiano, e o processo de articulação dessas conexões usado por Lima Barreto para denunciar as contradições sociais da Primeira República Brasileira (1889-1930).