Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Faedo, Raquel Roman |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60140/tde-29092021-103246/
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Resumo: |
Os esfingolipídios são uma classe de lipídios essenciais em eucariotos não apenas por compor a membrana plasmática, mas por serem moléculas bioativas. Devido ao grande número de vias celulares que essas moléculas regulam, o desequilíbrio no metabolismo dos esfingolipídios pode levar a patologias, como o câncer. Em pacientes com câncer de cabeça e pescoço, a redução nos níveis de ceramida foi associada com a progressão e o pior prognóstico, mas os demais esfingolipídios não foram avaliados. No presente estudo, propomos determinar o perfil de diferentes esfingolipídios em amostras de plasma e tecido (tumor e margem cirúrgica) de pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço (CECP) e possíveis associações com parâmetros clínico-patológicos. Além disto, avaliamos a relação da proteína SET, que está aumentada em CECP, com perfil de esfingolipídios em linhagem de queratinócitos orais com superexpressão de SET (NOK-SI/SET). Foram incluídas amostras de plasma (n=56), fragmentos de tumores e margens cirúrgicas pareadas (n=84) de pacientes com CECP para extração dos esfingolipídios, assim como amostras de plasma de indivíduos controle (n=58). A determinação e quantificação dos esfingolipídios foi realizada por espectrometria de massas. O acúmulo da proteína SET em células NOK-SI induziu alterações no perfil de esfingolipídios, sugerindo que tem impacto no metabolismo destes lipídios. Com relação aos pacientes, confirmamos que alguns parâmetros, tais como estadiamento, tamanho do tumor, metástase linfonodal, invasão perineural e invasão angiolinfática impactam na sobrevida do paciente. Nossos resultados revelaram que há diferença entre os perfis de esfingolipídios plasmáticos de pacientes com CECP em comparação com o grupo controle. Em plasma de pacientes e tecido tumoral identificamos tanto níveis reduzidos quanto níveis aumentados de esfingolipídios que podem ser potenciais indicadores de prognóstico em CECP. Além disto, verificamos que há um gradiente e perfil específico destas moléculas no microambiente tumoral e outro no plasma dos pacientes. Por fim, identificamos esfingolipídios com potencial como candidatos a marcadores de diagnóstico no plasma, sendo que a combinação de alguns deles tem alta sensibilidade e especificidade. Desta forma, concluímos que: i) a proteína SET pode modificar o metabolismo dos esfingolipídios, e ii) os esfingolipídios identificados neste estudo tem potencial como candidatos a marcadores diagnóstico e prognóstico em CECP. Outros estudos serão necessários para entender como os esfingolipídios identificados participam no processo de progressão do CECP. |