Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Diego Marceli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-31052012-103004/
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Resumo: |
Já há alguns anos presencia-se no Ensino de Física um conjunto de práticas consolidadas que dão maior ênfase aos conteúdos da Física Clássica em detrimento daqueles que se relacionam com a Física Moderna e Contemporânea (FMC), ainda que as pesquisas tenham mostrado nos últimos anos a necessidade de atualização dos currículos. Mas, por que tais mudanças não ocorrem? As crenças de autoeficácia (BANDURA, 1977) formam um constructo que possui uma interessante influência sobre o comportamento humano, desse modo, é importante compreender como as crenças de autoeficácia contribuem para o estabelecimento dessa realidade. O intuito é de tentar observar, através de uma pesquisa de natureza qualitativa, como as crenças de autoeficácia dos professores agem sobre suas práticas, dentro de um contexto de inovação. O contexto de inovação ao qual se refere este trabalho diz respeito às práticas com os conteúdos ligados à Física Moderna e Contemporânea. Para contemplar esses objetivos fez-se uso de três instrumentos para a coleta de dados: um questionário do tipo Likert, que foi utilizado para a aferição do nível de crenças de autoeficácia dos professores participantes de um curso de formação em FMC; um instrumento intermediário denominado de Situações, que auxiliou na definição final da amostra, bem como proporcionou conhecer um pouco mais das práticas dos sujeitos; e entrevistas semiestruturadas. Para as entrevistas, foram selecionados seis sujeitos que apresentavam distintos níveis de crenças de autoeficácia pessoal para compreender como as suas crenças de autoeficácia influem em seu trabalho com FMC. Os dados permitiram concluir que: i-) os professores que apresentaram um elevado nível de crença de autoeficácia pessoal são mais propensos a adoção de metodologias diversificadas e a implementação de conteúdos ligados a FMC para a promoção do interesse dos alunos; ii-) o reconhecimento de seu trabalho pelos alunos, bem como a relação afetiva com o conhecimento são interessantes fatores que contribuem para a estruturação das crenças de autoeficácia dos indivíduos; iii-) os professores que demonstraram elevado índice de crença de autoeficácia pessoal buscam alternativas para lidar com as dificuldades presentes em seu cotidiano; iv-) as persuasões verbais, realizadas pelos pares, influenciam de forma considerável os sujeitos que apresentaram baixos níveis de crenças de autoeficácia e parecem não serem tão decisivas sobre os sujeitos com altas crenças de autoeficácia; v-) os diferentes níveis de crenças de autoeficácia mostraram que os professores interpretam e lidam com situações semelhantes de forma distinta; vi-) a formação dos sujeitos é um fator relevante na constituição de suas crenças de autoeficácia. Esse estudo possibilitou também visualizar a relação intrínseca presente entre os níveis de crenças de autoeficácia dos indivíduos e a sua manifestação em contextos específicos. E, por fim, esse trabalho tornou possível enfatizar a problemática inerente aos instrumentos declarativos para aferição das crenças de autoeficácia dos indivíduos, o que reforçou a necessidade de estudos de natureza qualitativa nessa área de pesquisa. |