[pt] CONHECIMENTO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA PELO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA AUTOEFICÁCIA DOCENTE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: ISABELLE BORGES BASTOS T DOS SANTOS
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62674&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62674&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.62674
Resumo: [pt] O presente estudo buscou identificar o conhecimento dos professores da Educação Infantil sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA) e sobre Práticas Baseadas em Evidências (PBE) e a sua relação com as crenças de autoeficácia docente quanto ao trabalho com crianças com TEA. Os participantes da pesquisa foram 76 professoras regentes e adjuntas que atuam em Espaços de Desenvolvimento Infantil e/ou creches municipais do Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo com delineamento quantitativo-qualitativo, no qual, além do questionário de caracterização dos participantes, foram utilizados a Escala de Autoeficácia para Professores de Alunos com Autismo (ASSET) e o questionário sobre Transtorno do Espectro Autista e de Práticas Baseadas em Evidências, com questões abertas e fechadas. Os instrumentos foram disponibilizados via formulário on-line, pela plataforma Google Formos, para que as professoras respondessem em um único momento. Os achados foram analisados em duas etapas: codificação das respostas abertas do questionário de TEA e PBE, de modo a gerar escores brutos da pontuação dos professores; e análises estatísticas dos escores brutos da escala ASSET e do conhecimento sobre TEA e PBE. Os resultados foram discutidos à luz do referencial teórico apresentando sobre conhecimento dos professores sobre autismo, PBE e autoeficácia docente. De uma maneira geral, os resultados referentes ao conhecimento sobre TEA apontaram que as professoras conhecem parcialmente e de forma limitada os aspectos que envolvem a definição e as características do transtorno. Em relação ao conhecimento sobre PBE, os resultados apontaram para o uso frequente de práticas comuns à rotina da sala de aula da Educação Infantil e, apesar de algumas participantes terem citado práticas que se encaixam em PBE e relatarem conhecer as práticas citadas nas perguntas fechadas, demonstraram não conhecer o que são PBE. No que se refere à crença de autoeficácia e ao conhecimento sobre TEA, os resultados apontaram que não existe correlação entre eles; ou seja, o nível do conhecimento teórico sobre o TEA não está relacionado a quanto o professor se sente capaz para lidar com esses alunos. Em contrapartida, existe uma correlação positiva e fraca entre a autoeficácia e o conhecimento sobre PBE, na qual observou-se que os professores que demonstraram se sentir mais confiantes, com maior crença de autoeficácia, tendem a conhecer práticas com evidências científicas. Estudos futuros que busquem verificar a existência de uma correlação entre o que os professores declararam ser capazes de realizar com alunos com TEA e o que de fato está presente nas suas práticas, podem ampliar os achados da presente pesquisa. Soma-se a isso a utilização de instrumentos mais robustos para verificar as fontes que estão envolvidas nas crenças de autoeficácia, de modo a identificar o quanto de esforço e empenho os docentes demandam para que suas práticas inclusivas com esses alunos aconteçam. Por fim, entendemos que uma das contribuições do nosso trabalho é enfatizar a escassez de instrumentos robustos para a identificação do conhecimento dos professores sobre TEA e PBE, além de apontar a importância de se pensar em programas de capacitação em serviço para os docentes que atuam em escolas de Educação Infantil, com o foco no conhecimento teórico e prático sobre o TEA que envolvam fontes de autoeficácia, como também evidenciar a urgência de políticas públicas que respaldem e orientem os professores quanto ao uso de PBE.