Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Wilson Pascoalino Camargo de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-16032017-161955/
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Resumo: |
Introdução: Os efeitos do treinamento físico sobre o metabolismo de lípides têm sido bastante estudados, mas a situação diametralmente oposta, qual seja, a de pacientes acamados sob cuidados prolongados, tem sido pouco investigada. A avaliação de possíveis impactos derivados da imobilização é importante, pois o período de restrição ao leito pode gerar fatores de risco aterogênicos. Outro ponto relevante é a concentração e o aspecto funcional da HDL, que é fator de proteção anti-aterogênico e estudos têm mostrado a concentração diminuída em indivíduos sedentários. Objetivo: Investigar os efeitos da imobilização prolongada sobre o perfil de lípides, apolipoproteínas e a transferência de lípides para a HDL em pacientes acamados. Métodos: Foram estudados 23 pacientes acamados por um período maior que 90 dias de internação no Hospital Auxiliar de Suzano do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Foram avaliados o perfil lipídico, a concentração das apolipoproteínas, CETP, LCAT e LDL oxidada. No ensaio de transferência de lípides, as amostras de plasma foram incubadas com a nanopartícula artificial marcada com 3H-éster de colesterol, 14C-fosfolípides, 3H-triglicérides e 14C-colesterol livre. A quantificação da transferência de lípides da nanopartícula foi feita após a precipitação da fração não HDL. Os dados dos pacientes acamados foram comparados com os obtidos de 26 voluntários sedentários saudáveis, pareados por idade e sexo. Resultados: A média de internação dos acamados foi de 817 dias. As concentrações de colesterol não-HDL (148 ± 36 vs 125±40 mg/dL, p<0,05), LDL-C (124±31 vs 96±36 mg/dL, p<0,01), HDL-C (45±10 vs 36±13 mg/dL, p<0,01) foram menores no grupo acamado, enquanto que os triglicérides foram iguais entre os grupos. A apo A-I (134±20 vs 111±24 mg/dL) foi menor nos acamados (p<0,01), e a apo B não apresentou diferença entre os grupos. A LDL oxidada (53±13 vs 43±12 mg/dL) foi menor no grupo acamado (p<0,05), enquanto que a CETP e LCAT não diferiu entre os grupos. As transferências para HDL de éster de colesterol (6,24±1,1% vs 4,80±1,2%), colesterol livre (4,04±1,1% vs 3,05±1,1%), fosfolípides (19,06±1,3% vs 17,32±2,0%) e triglicérides (3,65±0,7% vs 3,06±0,6%) estavam diminuídas nos acamados comparado ao grupo sedentário (p<0,01). Conclusões: O sedentarismo extremo dos pacientes acamados afetou a concentração do HDL-C, apo A-I e as transferências lipídicas da nanopartícula para HDL. Mesmo a menor atividade física exercida no dia-a-dia dos sedentários pode ser determinante na concentração e no metabolismo da HDL. Apesar da menor concentração do LDL-C e os triglicérides não serem diferentes dos sedentários, o status de HDL mostrou-se alterado nos acamados. Devido à importante função anti-aterogênica da HDL, essas alterações metabólicas devem ser um motivo de atenção adicional na assistência a esses pacientes para a prevenção de eventos cardiovasculares. |