Arquitetura por um fio: vestes e abrigos de povos ciganos e nômades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Araujo, João Gabriel Farias Barbosa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-01062017-160241/
Resumo: A dissertação propõe o estudo da cultura material - representada pela arquitetura e indumentária - de sociedades que mantém ou em algum momento tiveram comportamentos nômades. A pesquisa se ocupa de corpos que estão em movimento, marcados por ritos e exposto a condições ambientais extremas; vestuários e acessórios feitos sob medida e imbuídos de poderes sobrenaturais e habitações conscientes de sua efemeridade. Seu objetivo geral é estudar as inter-relações que se estabelecem através de suportes efêmeros como as habitações e trajes. Em específico ela busca conhecer os processos de produção do espaço da habitação nômade; apreender e identificar o processo de concepção, confecção e uso dos vestuários; perceber a importância das manifestações da cultura material nômade para a sua identidade e estética e procurar similaridades construtivas, visuais e estéticas entre vestes e abrigos nômades. A dissertação é o resultado da revisão bibliográfica que transita pelos trabalhos de Bernard Rudofsky, Florencia Ferrari, Labelle Prussin, Mark Jarzombek, Mette Bovin, Paul Oliver, Robert Kroenenburg, Torvald Faegre entre outros; do estudo de caso dos Ciganos Calons e de quatro povos nômades: Beduínos, Inuit, Tuaregues e Wodaabes; das visitas realizadas aos acampamentos Calons em São Paulo e no Espírito Santo e das entrevistas à costureira especializada em vestidos ciganos. Esta obra fortalece o vínculo conceitual e prático entre indumentária e arquitetura através do estudo paralelo dessas duas manifestações culturais. Ela constata que o vestuário nômade vai muito além da necessidade de proteção e do desejo de ornamentação, muitas vezes estando relacionado à cosmologia ou aos mitos e crenças destas sociedades e reitera a importância de repensarmos as concepções clássicas e eruditas da arquitetura.