Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Francisco João |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-18072017-182235/
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Resumo: |
Esta Tese, intitulada Análise morfossintática das construções-Q no português falado em Cabo Verde (PCV), consiste na primeira descrição e análise morfossintática do grupo de construções denominada na literatura como construções-Wh e seus respectivos subgrupos construções relativas, interrogativas-Wh e construções clivadas no português falado em Cabo Verde (doravante PCV). A descrição e análise apresentadas são: (i) feitas a partir de um conjunto de corpora inéditos, coletados durante três trabalhos de campo, realizados de acordo com as técnicas da linguística de campo; e (ii) embasadas na Teoria da Gramática, sob a perspectiva minimalista de derivação por fases phases (CHOMSKY, 1995, 2000, 2001, 2005, 2008). Os resultados obtidos corroboram a proposta inicial de que: (i) os falantes caboverdianos possuem diferentes graus de competência linguística em PCV. Esta variedade linguística ainda que não língua primeira dos caboverdianos, entra para vida destes, ainda que apenas nas competências auditiva e perceptiva, desde a primeira infância; (ii) o processo de educação formal desenvolve, posteriormente, as competências leitura e escrita, buscando aproximar a gramática do PCV da do Português Europeu, em um processo que gera resultados diferentes, a nível individual, dependendo do grau de uso do PCV pelo falante caboverdiano; (iii) a análise das construções-Wh corroboram o PCV como uma variedade autóctone da língua portuguesa em formação, em estreita relação de contato linguístico e cuja origem pode ser traçada como sendo concomitante ao crioulo caboverdiano (doravante CCV); (iv) nos aspectos gramaticais em que o PCV se diverge do PE, ainda que convergentes com o CCV, não podem ser tomadas, categoricamente, como casos de transferências do CCV para o PCV, pois tais fenômenos são observados também em outras variedades da língua portuguesa no mundo. Na parte de análise são apresentadas propostas derivacionais para as relativas, interrogativas-Wh e construções clivadas. No que diz respeito às clivadas, é feita uma proposta derivacional monoclausal, que consiste na reformulação da proposta apresentada por um grupo de pesquisadores que divergem da proposta tradicional que se vê na literatura para esse tipo de sentenças. |