Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Faria, Emerson |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12142/tde-07012019-112337/
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Resumo: |
Após a crise financeira global de 2008/09 iniciou-se uma forte onda de inovação na oferta de produtos e serviços financeiros, tais como novos sistemas de pagamento através de computadores e celulares, infraestrutura para transações financeiras (Blockchain), empréstimos diretos entre as partes (P2PL), entre outras. Essas inovações foram trazidas por um novo tipo de negócio denominado FinTech (contração dos termos Finance e Technology - Finanças e Tecnologia, em inglês), caracterizadas pela entrega de produtos e serviços financeiros através de uma combinação de uso extensivo de tecnologia, estrutura operacional enxuta, foco no cliente e práticas flexíveis de negócios. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi comparar as FinTechs com os intermediários financeiros tradicionais. Para se atingir este objetivo, foi realizada uma pesquisa sob a metodologia profissional a partir de uma abordagem multi-métodos, utilizando-se os métodos de pesquisa qualitativa e quantitativa. Na primeira parte da pesquisa, de caráter qualitativa e exploratória, foram levantadas as principais similaridades e diferenças entre as FinTechs e os intermediários financeiros tradicionais, diferenciadas as vantagens e desvantagens de cada modelo de negócio, comparados os aspectos operacionais de cada modelo, e identificado se a aptidão das FinTechs está mais para serem parceira ou concorrente dos intermediários financeiros tradicionais, de acordo com os objetivos secundários desta pesquisa. Na segunda parte, de caráter quantitativa descritiva, foi utilizada a técnica de análise comparativa com amostragem não probabilística, onde verificou-se que, na comparação com os intermediários financeiros tradicionais, as FinTechs possuem: (i) maior custo de intermediação financeira (FinTechs entre 12,5% a.a. e 20,0 % a.a. x Bancos entre 4,3% a.a. e 4,8% a.a.); (ii) maior despesa de intermediação financeira (FinTechs entre 15,3% a.a. e 20,6% a.a. x Bancos entre 1,0% a.a. e 3,3% a.a.); (iii) maior relação despesas/receitas (FinTechs entre 119,1% e 129,4% x Bancos entre 63,2% e 68,7%); e (iv) retorno negativo sobre o patrimônio líquido médio (FinTechs entre -11,9% a.a. e -10,4% a.a. x Bancos entre 3,8% a.a. e 10,6% a.a.). Essa diferença significativa entre os indicadores das FinTechs e dos intermediários financeiros tradicionais pode ser explicada pelos seguintes fatores: (i) as FinTechs ainda não possuem o mesmo nível de maturidade dos intermediários financeiros tradicionais; e (ii) as FinTechs ainda não possuem escala suficiente para atingir os mesmos níveis de eficiência operacional dos intermediários financeiros tradicionais. Este trabalho buscou contribuir para que as FinTechs e os intermediários financeiros tradicionais encontrem suas melhores aptidões como modelo de negócio, melhorando a concorrência entre os agentes do sistema financeiro e resultando na oferta e prestação de produtos e serviços financeiros de forma mais justa e eficiente para a sociedade em geral. |