Improvisações livres de uma perspectiva anarquista: invenção de heterotopias do fazer musical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gomes, Stênio Ramalho Biazon
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-18042018-141221/
Resumo: Nesta pesquisa foram estudadas as improvisações musicais livres de uma perspectiva anarquista, i.e., interessada em anarquizar as múltiplas relações a elas associadas. Discute-se isto tendo em vista questões influenciadas metodologicamente por Michel Foucault. Uma delas diz respeito a maneira pela qual se dão as performances, para a qual importa tratar das relações do improvisador consigo mesmo, com os demais performers e de como ambas incidem no fluxo (o desdobramento temporal da performance). Nesta questão se lida sobretudo com as pesquisas de Manuel Falleiros e Rogério Costa. Outra questão concerne ao lugar (o espaço físico, geograficamente \"localizável\") em que tais práticas são realizadas, indicando também a importância das relações que circundam as performances. Para esta são trazidas considerações de Costa, Chefa Alonso e David Bell, bem como a noção de heterotopia, cunhada por Foucault e associada aos anarquismos por Edson Passetti; e ainda, minhas considerações relacionadas ao período em que assisti aos ensaios da Orquestra Errante (OE) - grupo de improvisação livre da USP, coordenado pelo orientador desta pesquisa. Uma última questão concerne à dissolução dos improvisadores, tendo em vista, por questão de recorte, sobretudo suas relações consigo mesmo (em sentidos múltiplos). Para esta, refere-se também a OE e faz-se uso do filósofo Max Stirner. Importa ainda ao trabalho opor as invenções, com seus percursos e transitoriedades, à criação, aspirante à perfeição e ao acabado.