Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Tagliari, Livia Alonso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48140/tde-29112021-112653/
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Resumo: |
Esta dissertação apresenta os resultados da pesquisa, cujo objetivo foi verificar e analisar os usos e desusos dos cadernos escolares frente à presença das ferramentas digitais. Escolheu-se o caderno analógico e digital como objeto de pesquisa, devido a sua relevância para os estudos na educação, e em razão de ser uma fonte rica, por meio da qual é possível ter acesso a concepções implícitas em seus conteúdos e modo de utilização, como ensino, aprendizagem e escola, além de permitir saber sobre os alunos, professores, currículo e tempos (como em FRAGO, 2008; GVIRTZ, 2005; SANTOS, 2008b; MIGNOT, 2008). Investigou-se, então, a) se quando estão inseridas na escola, as tecnologias digitais apenas substituem o uso dos cadernos ou b) se acrescentam inovações e potencialidades a esse suporte de escrita, ou ainda c) se são utilizadas concomitantemente aos cadernos analógicos. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de campo, durante o segundo semestre de 2019, em uma renomada escola particular da cidade de São Paulo, reconhecida por empregar tecnologias digitais expressivamente. Nesse período, aproximou-se da dinâmica e da rotina escolares ao se acompanhar aulas de três professores de Língua Portuguesa de sextos e sétimos anos e ler documentos e publicações da instituição. Ainda, a pesquisa contemplou o cenário do ensino remoto consequência do fechamento das escolas, o qual foi imposto pela pandemia do novo Coronavírus em 2020 , com vistas a averiguar se os cadernos de papel eram utilizados pelos alunos nas aulas virtuais e em quais momentos. Então, foram realizadas conversas informais com uma daquelas professoras (acompanhada no presencial), além de entrevistas com seis alunos e análise das fotografias de seus cadernos, sendo estas duas fontes nucleares. Outrossim, realizou-se a leitura, a sistematização e a análise de três documentos oficiais (Diretrizes Curriculares Nacionais, Base Nacional Comum Curricular e Currículo da cidade de São Paulo), para compreender suas prescrições sobre o uso das tecnologias nas escolas. Foram examinados, também, os dados do Cetic.br quanto à utilização das ferramentas digitais na educação. Tanto os documentos normativos quanto os dados da realidade permitiram situar a escola em que a pesquisa foi realizada em termos dos usos das tecnologias , distinguir os conceitos de inovação e mudança escolar (FULLAN, 2009; GHANEM JUNIOR, 2013) e discutir sobre as tecnologias digitais na escola (COLL; MONEREO, 2010; KENSKI, 2012; MORAN, 2018, para citar alguns). Assim, a partir da perspectiva dos estudos da cultura escolar (FRAGO, 1996; ESCOLANO, 1999; JULIA, 2001, por exemplo), observou-se que a escolha e o uso desses materiais fazem parte de uma complexa trama que envolve diversas dimensões, como espaço, tempo, professores e sujeitos. Verificou-se que os cadernos analógicos ainda se fazem presentes em uma escola que possui tablets como material obrigatório dos alunos e que, independentemente de se ter um contexto escolar completamente virtual no segundo momento da realização da pesquisa, foi possível observar isto: alguns estudantes aderiram aos cadernos digitais, outros transitaram, fazendo seus registros de aula em cadernos analógicos e anotações pessoais nos tablets, outros, ainda, usaram exclusivamente cadernos de papel. |