Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Adriana Lis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-10112023-155452/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A epilepsia é uma doença crônica do sistema nervoso central (SNC), que gera consequências neurobiológicas, cognitivas e psicossociais, afetando mais de 70 milhões de pessoas em todo o mundo. O tipo mais comum de epilepsia focal é a do lobo temporal com esclerose hipocampal, caracterizada pela perda celular e gliose no hipocampo e amígdala. Vários estudos têm demonstrado a presença de déficit de memória em pacientes com epilepsia de difícil controle. Entretanto, pouco se sabe sobre os aspectos moleculares envolvidos no processo das alterações da função cognitivas dos pacientes com epilepsia. Neste contexto, a literatura atual tem demonstrado que pequenas moléculas de RNA denominadas microRNAs regulam vias moleculares importantes na epileptogênese. Portanto, identificar possível modulação de alvos moleculares associados a memória pelos microRNAs pode contribuir para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas assim como ferramentas que auxiliem no seu diagnóstico e prognóstico da doença. JUSTIFICATIVA: A epilepsia de lobo temporal tem sido associada a disfunções cognitivas, especialmente a distúrbios de memória de curta e de longa duração. Muitos estudos demonstram a presença de déficit de memória em pacientes epilépticos de difícil controle. A identificação de alvos moleculares associados a perda memória pode contribuir para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos assim como para o desenvolvimento de novas ferramentas que auxiliem no diagnóstico e prognóstico da doença. HIPÓTESE: Nossa hipótese é que microRNAs reguladores de alvos moleculares associados a memória podem estar envolvidos no prognóstico dos pacientes fármacoresistentes após tratamento cirúrgico. OBJETIVO: Analisar a expressão dos microRNAs: miR-27a, miR-636, miR-1229 reguladores de alvos associados a memória em amígdalas, hipocampos e sangue de pacientes com diagnóstico de epilepsia. MÉTODOS: Amostras de hipocampo e sangue de 20 pacientes com ELTM, foram analisadas, sendo 10 com boa evolução pós-operatória (Engel I) e 10 com evolução pós-operatória insatisfatória (Engel III e IV). Hipocampos de necropsias e sangue de indivíduos saudáveis, foram utilizados para controle. A análise de expressão dos miRNAs foi feita utilizando a técnica de RQ-PCR. RESULTADOS E CONCLUSÕES: O microRNA-27a apresentou-se diferencialmente expresso entre o grupo controle e o grupo epilepsia tanto no hipocampo quanto no sangue. Entretanto, o mesmo não foi observado em amígdalas. Também apresentou-se diferencialmente expresso entre Engel I e III e IV tanto no sangue quanto em amígdalas e hipocampos. Entretanto, o padrão de expressão foi inverso, ou seja, em amígdalas o miR-27a apresentou níveis de expressão mais altos no grupo controle quando comparado com o grupo epilepsia e no hipocampo e sangue os níveis de expressão deste microRNA foram mais altos no grupo epilepsia. O microRNA-636 apresentou-se diferencialmente expresso quando observada a classificação de Engel em amígadas. O microRNA-1229 não apresentou-se diferencialmente expresso entre os grupos estudados em amígadas. A importância de mais estudos a cerca da participação desses microRNAs e sua elucidação de sua correlação com possíveis efeitos nocivos às funções cognitivas, devem ser investigados na epilepsia, afim de contribuir para novas descobertas. |