A ponte Rio Negro e a Região Metropolitana de Manaus: adequações no espaço urbano-regional à reprodução do capital

• Ano de defesa: 2013
• Autor(a) principal: Sousa, Isaque dos Santos
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Iranduba; Manacapuru; Metropolitan region of Manaus; Ponte Rio Negro; Reestruturação do espaço; Região metropolitana de Manaus; Restructuring process of the space; Rio Negro bridge
• Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-12082013-115623/

Esta tese analisa as transformações socioespaciais em Iranduba e Manacapuru, no estado do Amazonas, que ocorreram nos anos de 2003 a 2012 decorrentes das ações do Estado, do capital e das próprias determinantes do espaço urbanoregional. Esses municípios, situados próximos de Manaus, vivenciaram profundas mudanças nesse período, devido a criação da Região Metropolitana de Manaus (RMM) e a construção da ponte Rio Negro. Ambas foram postas pelo poder público como fundamentais para a instalação de infraestrutura nos municípios circunvizinhos da capital e, assim, anunciadas como essenciais para o desenvolvimento da região. A partir da observação e acompanhamento dos eventos, compreendemos como e porque ocorreu o processo de reestruturação do espaço naquela região. As mudanças no sistema de transportes, dadas a partir da substituição do modal rodofluvial para o rodoviário, foram as alterações de maior densidade nessa região. Elas estimularam outras transformações visivelmente percebidas no uso e ocupação do espaço. A valorização da terra e o crescimento do mercado imobiliário, além da expansão das atividades de comércios e serviços foram também produtoras e resultantes desse processo de reestruturação do espaço urbano-regional. O discurso de que a RMM e a ponte Rio Negro enquanto ações do Estado visam fundamentalmente o desenvolvimento econômico e social da região não se confirma, pois pelo que se observou a instalação de novas infraestruturas e todo o processo de reestruturação do espaço constituíram-se essencialmente em adequações no território e nas relações sociais para uma reprodução ampliada do capital.