Metropolização do espaço na Amazônia Ocidental: discurso e diferenciação espacial na Região Metropolitana Manaus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Fredson Bernardino Araújo da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/9459601231133410, https://orcid.org/ 0000-0002-1897-2655
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8665
Resumo: A proposta deste estudo é de compreender a diferenciação espacial e a relação com o discurso no processo de metropolização do espaço na Região Metropolitana de Manaus (RMM), considerando a área de maior dinamismo (metrópole Manaus e município de Iranduba). Para isso, abordou-se em três capítulos: i) um aprofundamento sobre a metropolização; ii) seguido de observação sobre a influência do discurso nas interações espaciais; iii) e a relação da organização espacial em forma da diferenciação na área de estudo. A metodologia inicia de um levantamento bibliográfico sobre a temática, o tratamento de dados secundários representados em mapas afins, identificação de enunciados que repercutem discursos dos agentes modeladores/consumidores e a análise por meio da diferenciação espacial. Os resultados obtidos são que, a partir de plano de integração regional (e internacional), o Estado mobiliza um discurso que justifica mudanças no arranjo espacial da RMM, acelerando o processo de metropolização do espaço na área de estudo, o que também é referenciado materialmente pela produção de uma série de objetos na conexão da metrópole Manaus junto do município de Iranduba como a Ponte Jornalista Phelippe Daou, a Cidade Universitária da UEA, a duplicação da rodovia AM-070 e etc. Os promotores imobiliários apresentam intensa participação no processo, contribuem para a construção de um espelhamento da moradia em Iranduba tendo como referência as amenidades até então assistidas como exclusivas do núcleo metropolitano, somando-se a ideia de “novidade” e da proximidade com o “verde”. No contexto de rede da RMM, notou-se alta concentração no nó correspondente a metrópole Manaus, o que se baseia nas questões demográfica, econômica, infraestrutural (portos, aeroportos e afins) e de fluxos, emergindo a possibilidade da constituição de uma rede solar na Amazônia Ocidental. Compreende-se a importância de Itacoatiara como centro secundário da rede urbana da RMM, relacionada a um fixo de dinâmica portuária e de fluxos principalmente de grãos. Numa periodização da dinâmica socioespacial no eixo estruturante da metropolização do espaço na RMM (2000-2019), foi observado a ascensão do monopólio do modal rodoviário com a Ponte; a desarticulação da hegemonia da centralidade associada ao distrito de Cacau Pirêra que se baseou na conexão fluvial com a metrópole; a primazia da rodovia AM-070 como difusor do eixo estruturante; o deslocamento da principal dinâmica da margem esquerda para a margem direita da rodovia (sentido Manaus-Iranduba), sinalizado pelo zoneamento da Cidade da UEA a formação do atual quadro imobiliário.