Autogestão e geografia: os territórios no viés das resistências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silveira, Renata Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-17082012-092905/
Resumo: A presente pesquisa de mestrado teve como objetivo analisar a prática da autogestão na perspectiva libertária e a influência do anarquismo através da análise conceitual da geografia. Para tanto, utilizamos como ponto de apoio para esta análise a Comunidade Autônoma Utopia e Luta, prédio situado no centro de Porto Alegre/RS que recebe este nome por ter sido fruto de uma ocupação no ano de 2005. A escolha por este objetivo se deu a partir da hipótese que territórios se constroem nas mais diversas escalas, em espaços e tempos diferentes, podendo trilhar caminhos de resistência efetiva às formas autoritárias de organização, sendo estas o Estado, os partidos políticos, organizações não governamentais e/ou qualquer forma hierárquica de organização. Para construir a pesquisa, foi necessário elaborar uma ampla revisão teórica do anarquismo, da autogestão e de suas variantes, expostos no primeiro capítulo. Posteriormente, optou-se por abordar a Comunidade Autônoma Utopia e Luta onde foram realizadas entrevistas com os moradores e trabalhos de campo . Seguindo a lógica da observação participante, a inserção de campo se pautou nas diversas atividades propostas pela própria Comunidade. Buscou-se nas entrevistas identificar a percepção dos moradores em relação ao prédio onde moram, assim como o sentimento de pertencimento e a consciência de habitar em uma moradia fruto de ocupação e que carrega consigo as insígnias da autonomia, da autogestão, da auto-organização e da reorganização urbana. No terceiro capítulo buscamos investigar através de uma ampla revisão bibliográfica algumas concepções de território, territorialidade, autonomia e poder. Concluímos que as concepções de território, territorialidade, autonomia e poder estão fortemente impressas na Comunidade Autônoma Utopia e Luta através de sua prática de autogestão.