Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Yin, Bi Meng |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-23042014-092320/
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Resumo: |
Esta dissertação tem por objetivo discutir aspectos da imigração dos chineses em São Paulo e analisar a língua portuguesa falada pelos imigrantes. Com o desenvolvimento da comunicação e da sociedade, movimentos migratórios foram se tornando cada vez mais dinâmicos no palco mundial. A ampliação de políticas migratórias relativamente livres e o desenvolvimento acelerado tornaram o Brasil um dos destinos mais populares para os chineses. Os chineses, especialmente os do litoral, com tradição de emigrações, constituíram-se elementos atuantes na sociedade paulistana, em especial no comércio. Para os imigrantes mais antigos, os principais problemas enfrentados foram relativos à dificuldade em aprender o idioma. Como a maior parte faz negócios, é obrigatório comunicar-se com os clientes brasileiros, o que, depois de alguns anos no Brasil, favorece que se comuniquem sem grandes problemas no dia-a-dia. Os estudos de Fishman sobre as etapas de transição para um estado monolíngue indica que esse processo ocorre dentro de três gerações (FISHMAN, 1966,1988). Também há quatro etapas que conduz do bilinguismo ao monolinguismo, sendo este o do português (TARALLO e ALKMIN, 1987, p.67). Como é fato a expansão da imigração chinesa ao Brasil nas últimas décadas, a maioria dos imigrantes chineses em São Paulo é da primeira ou segunda geração. Isso significa que a língua dominante em sua vida ainda é a língua chinesa, no entanto já está em curso um período de transição do bilinguismo para o monolinguismo. Para o estudo da língua portuguesa falada pelos chineses em São Paulo, focalizo os marcadores discursivos. As funções discursivas estão presentes na língua de contato desde muito cedo, tão logo os falantes saem da fase de palavras isoladas ou de frases muito curtas e começam a usar um discurso mais longo, com narrativas, descrições e argumentações mais fluentes. Os marcadores são interessantes, pois mostram um comportamento distinto, via funções diferenciadas. Os resultados apontam que os falantes com mais proficiência usam mais marcadores com a função de organizar, reformular ou articular o texto, e os com menos proficiência usam marcadores para checar a própria interação, quer dizer, para se certificar que está sendo compreendido. |