Influência da adição de subproduto de fruta em produto de soja potencialmente probiótico tipo frozen yogurt sobre o bioenriquecimento com riboflavina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Garutti, Luiz Henrique Groto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-02072019-175603/
Resumo: As bactérias probióticas, além de diversos possíveis efeitos benéficos à saúde do consumidor, podem apresentar um potencial para bioenriquecer alimentos através da produção de compostos de interesse nutricional e para a saúde durante a etapa de fermentação. Nesse sentido, a produção de vitaminas naturais por bactérias láticas, incluindo as probióticas, emerge como alternativa promissora ao uso de vitaminas sintéticas para a fortificação de alimentos. O uso de substratos vegetais para estimular a produção de vitaminas do grupo B por probióticos compreende uma solução sustentável para o reaproveitamento desse material oriundo, principalmente, do processamento de frutas. Os subprodutos de frutas são compostos por diversas substâncias bioativas e a incorporação desses ingredientes para o desenvolvimento de alimentos com alto valor agregado representa uma solução sustentável para o seu reaproveitamento. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a influência da adição de subproduto de fruta no bioenriquecimento de um produto de soja fermentado tipo frozen yogurt probiótico com riboflavina (vitamina B2). Para este fim, a capacidade de diferentes cepas de Streptococcus thermophilus, Lactobacillus spp. e Bifidobacterium spp. em produzir riboflavina foi avaliada, utilizando-se um meio de cultura desprovido desta vitamina (Riboflavin Assay médium, RAM). Paralelamente, foi avaliada a capacidade dessas cepas em fermentar os subprodutos de uva (Vitis spp.) e de caju (Anacardium occidentale L.). De acordo com os resultados de produção de riboflavina em RAM e de fermentação dos subprodutos de fruta, foram selecionadas as cepas para o desenvolvimento do produto fermentado de soja tipo frozen yogurt (FY). Dentre as cepas testadas, os Streptococcus thermophilus (ST-M6, TA-40 e TH-04) e o probiótico Lactobacillus fermentum PCC apresentaram potencial para produzir riboflavina em meio RAM. As cepas PCC e ST-M6 mostraram-se capazes de fermentar os subprodutos de caju e de uva (atingindo 8,25 e 8,40 log UFC/mL, respectivamente, para PCC e ST-M6 com subproduto de uva e 4,82 e 8,38 log UFC/mL, respectivamente, para PCC e ST-M6 com subproduto de caju em 24h). Por outro lado, as cepas TH-4 e TA-40 fermentaram apenas o subproduto de uva (atingindo 6,87 e 7,24 log UFC/mL, respectivamente, em 24h). Sendo assim, foram selecionadas as cepas de St. Thermophilus ST-M6, TH-4 e TA-40 e a de Lactobacillus fermentum PCC para a aplicação nos produtos visando o seu bioenriquecimento. O FY suplementado com 1% de subproduto de uva foi preparado, utilizando-se as cepas em co-cultura totalizando 3 combinações, ou seja, entre Lb. Fermentum PCC e as 3 cepas de St. Thermophilus. As formulações de FY foram capazes de atingir uma concentração de riboflavina de 8,40 e de 5,18 µg/mL (combinando TA-40 e PCC) em 60 dias, respectivamente, sem e com o subproduto de uva. Já a associação de STM6 e PCC, sem o subproduto, resultou na menor concentração obtida (2,30 µg/mL), atingindo 5,62 µg/mL na presença do subproduto. Dessa maneira aplicação do subproduto de uva para estimular a produção de riboflavina só foi efetiva para a formulação que combinou St. Thermophilus ST-M6 e Lb. Fermentum PCC.