São Bernardo do Campo: os imigrados italianos entre a língua materna e a língua adquirida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Galuchi, Sonia Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-06012009-165722/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo reunir uma série de entrevistas em italiano e analisar as influências locais sofridas no léxico por um grupo de imigrados italianos residentes em São Bernardo do Campo SP, que vieram para o Brasil durante o segundo fluxo emigratório italiano, entre 1948 e 1960. São indivíduos que possuem formação escolar limitada ao primário ou ao curso fundamental, pela classe social à que pertenciam e pela falta de condições econômicas na época, mas que hoje pertencem à classe média e, além de já terem retornado à Itália pelo menos uma vez, puderam oferecer cursos de nível superior aos filhos. Através da amostragem analisada, pudemos constatar que, apesar do longo período fora da Itália, esses indivíduos falam um italiano compreensível, o que os torna bilíngües, ainda que o vocabulário italiano de que dispõem seja pobre, muitas vezes inadequado e tenha sofrido interferências do portuguêsbrasileiro. As principais interferências foram classificadas em: 1- empréstimos totais, 2- empréstimos parciais, 3- comutações, 4- mudanças de significado e 5- decalques. Também foram assinaladas as principais impropriedades e, em parte, o uso mais ou menos correto das preposições, dos artigos, dos pronomes, dos advérbios e das conjunções.