Avaliação agronômica da cana-de-açúcar submetida a métodos de colheita para produção animal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Schogor, Ana Luiza Bachmann
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-14102008-101106/
Resumo: Os objetivos desta pesquisa foram estudar as perdas de colheita, a composição morfológica, as dinâmicas de acúmulo e perfilhamento e, a densidade populacional de perfilhos sobre a variedade de cana-de-açúcar IAC86-2480 submetida a três métodos de colheita. No corte manual (MAN), as plantas foram colhidas por meio do corte com podão na base da planta. Para o corte mecanizado (MEC), a colhedora de forragem, regulada para altura de corte de 20 cm, foi tracionada por trator provido de sistema redutor, seguida por vagão forrageiro. Para o corte mecanizado seguido de rebaixamento manual (MEC+MAN), seguiu-se o mesmo procedimento do corte MEC, entretanto, após o corte, os tocos remanescentes foram recepados rente ao solo com uso de podão. A área experimental (0,34 ha) foi constituída por seis blocos, com 3 parcelas cada. As parcelas eram formadas por 8 linhas de plantio com 15 m de comprimento em espaçamento entrelinhas de 1,3 m. A produtividade colhida e a massa de forragem disponível no início do experimento (em t MV e MS/ha) foram similares entre os tratamentos (P>0,05). As perdas totais foram superiores (P<0,05) para o tratamento MEC+MAN, atingindo 18,5% da MV em relação à produtividade colhida. Entretanto, as perdas se tornaram similares (P>0,05) quando relativas à produtividade colhida em MS, variando de 17,7 a 25,7% para os tratamentos MAN e MEC+MAN, respectivamente. As perdas quantitativas e relativas das frações palha e cana ponta foram semelhantes entre os tratamentos (P>0,05), sendo a fração colmo responsável pela diferenças entre os tratamentos, gerando valores de perdas relativas à produtividade colhida em MV de 1,5% para MAN, 7,6% para o corte MEC, e de 12,7% para MEC+MAN. O número de toletes danificados foi superior (P>0,05) para o corte MEC+MAN, de um a cada 0,7 m. O número de plantas inteiras deixadas a campo foi superior (P>0,05) para o corte MEC, de uma a cada 1,5 m. As perdas totais geradas pelo corte MEC+MAN aumentaram em 8 unidades percentuais as perdas em MS, quando comparadas aos outros métodos. Sendo assim, o comportamento da colheita mecanizada (com ou sem rebaixamento) foi considerado satisfatório. Não houve diferença (P>0,05) entre a biomassa acumulada em MV e MS entre os tratamentos. O número final de perfilhos por metro foi de 16 para o tratamento MAN, 14 para MEC e 15 para MEC+MAN, e não diferiu (P>0,05) entre os tratamentos. Os perfilhos basais e de primeira ordem foram os principais componentes da população final de perfilhos. O perfilhamento aéreo apresentou valor máximo de 5 perfilhos/m para o corte MEC e perdurou por até 90 dias após colheita. Não houve diferença (P>0,05) entre os tratamentos para as variáveis de peso de planta inteira e colmo, altura, diâmetro, número de nós, número e peso de folhas verdes, senescentes e mortas, índice de maturação e grau brix. Os métodos de colheita não alteraram a composição morfológica, o padrão de crescimento e de perfilhamento das variáveis durante o primeiro ciclo de avaliação.