Do Currículo Paulista à experiência escolar na perspectiva docente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Toledo, André Guedes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-22102024-091702/
Resumo: O Currículo Paulista Etapa Ensino Médio, documento homologado em 2020, materializa um conjunto de perspectivas pedagógicas e influencia diretamente as práticas escolares, principalmente da rede pública paulista. No entanto, se distancia da experiência escolar elaborada a partir da perspectiva dos professores. Propomos um exame do documento curricular em direção a uma reflexão sobre a experiência da atividade docente na rede pública estadual paulista, deixando emergir os incômodos que a perspectiva adotada pelo documento provoca diante da concretude do cotidiano escolar. Organizamos a reflexão a partir da formulação de Passmore sobre o aspecto triádico do ensino, cuja efetivação exige a presença de três elementos: alguém (professores) ensina alguma coisa (matérias) para outro alguém (alunos). Primeiro examinamos a maneira como o documento concebe os professores, a partir das habilidades e competências. Em seguida, examinamos como ele concebe as matérias, a partir da organização em Áreas do Conhecimento e do recurso às Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação. Por fim, examinamos como ele concebe os alunos, a partir da ideia de projeto de vida. A cada uma dessas concepções contrapomos a experiência docente elaborada em diálogo com as ideias de diversos autores, tais como Durkheim, Arendt, Adorno, Aristóteles, Duch e Ricoeur. Identificamos a cada etapa uma colonização do âmbito escolar por lógicas externas, principalmente da psicologia e da economia. Desse modo, as especificidades do trabalho docente são desconsideradas, violando a dignidade própria ao fazer docente, mas também as condições de acolhimento dos alunos no mundo. O que resulta na desumanização dos professores em vista do ajustamento dos alunos ao mundo atual.