Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Mery Pureza Candido de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-28042010-165216/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Diante da complexidade e da escassez de pesquisas sobre o abuso sexual de meninos no Brasil, e dada à gravidade dos danos psíquicos e sexuais possíveis de ocorrer em vítimas de abuso, surge à necessidade de estudos sistematizados quanto ao perfil psicológico e sexual de adolescentes com histórico de abuso na infância, para embasar as propostas terapêuticas e para a prevenção dos possíveis riscos de disfunções e transtornos da sexualidade, incluindo o risco de que a vítima passe a assumir o papel de agressor. O objetivo desse estudo foi investigar as características psicológicas e sexuais de adolescentes do sexo masculino que foram, enquanto crianças, vítimas de abuso sexual. METODOS: Trata-se de um estudo exploratório, retrospectivo e seccional realizado no Programa de Psiquiatria e Psicologia Forense (NUFOR) do IPq- HC-FMUSP e na Fundação Casa, para menores em medida socioeducativa. Foram formados três grupos de participantes sendo 20 de adolescentes de 16 a 18 anos, internos da Fundação (GA), com histórico de abuso sexual, 06 de adolescentes de 16 a 18 anos (GC), com o mesmo histórico, que procuraram tratamento psicológico no ambulatório NUFOR e 21 adolescentes, sem histórico de abuso, na mesma faixa etária e escolaridade, que formaram o grupo controle (GB). Avaliou-se o desempenho cognitivo quanto às funções de recuperação da memória (de curto e longo prazo), o nível de estresse, impulsividade, nível de neuroticismo e estabilidade emocional, além do comportamento sexual dos adolescentes. RESULTADOS: Os resultados da comparação entre as variáveis dos grupos A e B apontaram diferenças significativas no que se refere ao processo de recuperação total da memória (p= ,004), na recuperação consistente (p=,000) e inconsistente (p=,004). Houve significância também, quanto à estabilidade emocional, no fator Desajustamento Psicossocial, (p=,002) que contem itens relacionados a comportamentos sexuais de risco ou atípicos. Os achados da análise qualitativa, com relação ao comportamento sexual atual, revelaram que 50% dos adolescentes com ou sem transgressões legais, assumiram a prática de sexo com crianças, com uma ou mais vítimas. Quanto às características do abuso sofrido, a violência intrafamiliar, unida ao maior tempo de duração, revelou-se como fator de gravidade no modus operandi do comportamento agressor. CONCLUSÕES: História de abuso sexual em meninos pode ser um dos fatores de risco para posteriores déficits de acessibilidade da memória e pode estar associado com a repetição e a gravidade do comportamento sexualmente agressivo na adolescência |