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Análise da diversidade da microbiota supra e subgengival e perfil de proteínas da saliva e película adquirida de indivíduos com periodontite agressiva.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Amado, Pâmela Pontes Penas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-13122021-152826/
Resumo: A Periodontite agressiva localizada (PAgL) é ainda uma doença pouco compreendida. A microbiota subgengival da PAgL é caracterizada pela presença de patógenos periodontais como Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa), e pela redução de bactérias benéficas, mas o microbioma associado a PAgL ainda não foi descrito. Tendo em vista que a adesão inicial de bactérias às superfícies dentais é dependente da composição da película adquirida do esmalte (PAE) formada por proteínas presentes na saliva total (ST), o presente estudo avaliou o proteoma de PAE e ST de PAgL e comparou-o com o de pacientes saudáveis (S). Além disso, o perfil de citocinas/quimiocinas salivares foi avaliado em ambos os grupos. Também visamos determinar a composição da microbiota oral e intestinal em pacientes com PAgL, e compara-las à microbiota de pacientes S. Foram selecionadas 7 mulheres com PAgL, com idade entre 19-26 anos, afrodescendentes e 8 controles saudáveis com mesmo perfil. Amostras de biofilme de sítios supra (SP) e subgingival de sítios rasos (SR) e médio/profundos (MP), ST, PAE e fezes foram coletadas. O microbioma oral e intestinal foi analisado por sequenciamento de16S rRNA, e a presença do genótipo de Aa clone JP2 foi determinado em amostras de biofilme oral (BO). O proteoma da ST e PAE foi analisado por espectrometria de massa, níveis de NO na ST foram dosados por reação colorimétrica de Griess, níveis de citocinas/quimiocinas na ST foram quantificados em ensaio multiplex. A atividade proteolítica da ST foi avaliada pela degradação de histatinas 1 e 5 em diferentes intervalos de tempo. Teste de correlação de Spearman foi empregado para avaliar correlações entre diferentes variáveis. A análise de qPCR revelou que todos os pacientes com PAgL albergavam Aa, ao contrário de S, mas o clone JP2 foi detectado em apenas 1 paciente. A análise de beta diversidade do microbioma oral e de fezes revelou que amostras de BO e MP de PAgL se diferenciam do BO e SR de S, respectivamente. Na PAgL, houve redução da abundância de bactérias benéficas, e aumento de patógenos putativos como Aa, Porphyromonas, Tannerela eTreponema. A disbiose oral foi acompanhada de desequilíbrio no microbioma intestinal, com maior abundância de Desulfovibrio em PAgL do que em S. A ST de pacientes LAgP apresentou níveis de CCL2 e CCL25 menores e de CCL17 e CCL27 maiores do que S, e estes foram correlacionados com os níveis de Aa, Acidovorax ebreus e Helicobacter pylori no BO.A PAE de indivíduos com PAgL apresentou níveis indetectáveis de algumas proteínas envolvidas na resposta imune, atividade antimicrobiana e moléculas anti-inflamatórias, diferindo da PAE dos controles S. Proteínas como ALMS1 e Cistatina-S na PAE e como alfa-enolase, profilina-1, distonina, A2ML1, alfa-actinina-4 e IGHA1 na ST estavam presentes de maneira diferencial entre PAgL e S. A atividade proteolítica da ST foi mais intensa em PAgL do que em S. Os dados revelaram novos aspectos da PAgL e colaboram com o entendimento de mecanismos que podem estar envolvidos no desenvolvimento e progressão da doença, e indicam que novas estratégias de tratamento visando o restabelecimento do equilíbrio da microbiota poderiam ser desenvolvidas.