Absorção de fósforo por raízes destacadas de cevada (Hordeum vulgare) em presença de magnésio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1967
Autor(a) principal: Lourenço, Sidival
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-152203/
Resumo: No presente experimento procurou-se estudar a influencia do magnésio na absorção do fósforo por raízes destacadas de cevada, e determinar as constantes biológicas envolvidas nesse processo. Para isso, foram usadas raízes de plântulas de cevada, com seis dias de idade, obtidas da maneira descrita por EPSTEIN e HAGEN (1952), com as adaptações que se fizeram necessárias. As raízes após colhidas e secas em papel de filtro, foram pesadas em porções de 0,5 grama, e colocadas na solução de trabalho. Foram estudados os efeitos de cinco níveis de magnésio: (0,0 , 1x10-5M, 2x10-5M, 5x10-5M e 1x10-4M) e sete níveis de fósforo (1x10-6M, 5x10-6M, 1x10-5M, 3x10-5M, 5x10-5M, 1x10-4M e 5x10-4M), combinados, em cinco tempos experimentais: 4, 8, 12, 16 e 20 minutos. O sal de magnésio empregado foi o cloreto de magnésio e o fosforo usado foi na forma de fosfato monobásico de sódio, marcado com P32. Os ensaios foram conduzidos valor pH 4,0. A absorção de fósforo foi medida contando-se, em Tubo Geiger-Muller, a atividade recuperada da amostra seca sob lâmpada infravermelha. Dos resultados obtidos chegou-se as seguintes conclusões: 1 - A absorção de fósforo cresceu com o tempo, seja na ausência ou na presença de diferentes concentrações de magnésio; essa absorção cresceu quando se aumentou a concentração externa de fósforo; 2 - A absorção de fósforo cresceu quando a concentração externa de magnésio aumentou até o nível 5x10-5M. Entretanto, no nível 1x10-4M a absorção de fósforo foi sensivelmente prejudicada; esse efeito prejudicial de altas concentrações do catiônico foi atenuado quando se elevou a concentração de fósforo; 3 - A analise da cinética de absorção de fosforo, realizada de acordo com HOFSTEE (1952), indica que dois “lugares” estão comprometidos na absorção do aniônico: um “lugar” ligado a baixas concentrações de fósforo e o outro relacionado a altas concentrações; 4 - A concentração externa de magnésio parece não influir nos valores de Km, mas tem efeito acentuado sobre a velocidade máxima de absorção, Vm; 5 - Concentrações de magnésio da ordem de 1x10-4M ocasionaram diminuição no valor de Vm; 6 - Os valores da constante de decomposição do complexo carregador-fósforo (RP), ou seja, K3, obtidos para as concentrações intermediarias de magnésio (1x10-5M, 2x10-5M e 5x10-5M), não diferem essencialmente entre si e são menores que os valores de K3a obtidos para os níveis extremos; 7 - Calculando-se a concentração dos carregadores observou-se que, em baixas concentrações de fósforo, a quantidade total de carregador associado à absorção de fosforo não é muito diferente nos distintos níveis do magnésio, muito embora tenha sido maior quando o nível de magnésio foi ótimo (5x10-5M) e muito menor em alta concentração do catiônico. 8 - Para altas concentrações de fósforo os níveis medianos de magnésio permitiram uma melhor expressão da função do carregador; 9 – Das constantes biológicas estudadas, a velocidade máxima e a concentração dos carregadores foram as que melhor refletiram a influência da concentração externa de magnésio sobre a absorção de fósforo pelas raízes destacadas de cevada.