Dimensionamento do pessoal de enfermagem em assistência domiciliária: percepção de gerentes e enfermeiras.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Dal Ben, Luiza Watanabe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7136/tde-30102006-103154/
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivos: reconhecer nos discursos de gerentes e enfermeiras que atuam em assistência domiciliária (AD), na cidade de São Paulo, a identificação dos critérios utilizados para dimensionar o pessoal de enfermagem nesse tipo de assistência e propor um modelo que norteie o dimensionamento desse profissional. O estudo apoiou-se no método qualitativo, os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas e analisados pelo processo de análise de conteúdo, segundo Bardin (1977). As questões norteadoras foram a descrição da indicação de um paciente para AD e como planejam o pessoal de enfermagem. Participaram do estudo 48 profissionais de 24 instituições, sendo 24 gerentes e 24 enfermeiras responsáveis pela enfermagem. Destes, oito eram do setor público e 40 do privado. A média do tempo de experiência em AD dos gerentes foi de 11,83 e das enfermeiras, 6,94 anos. Todos os discursos foram submetidos à análise interpretativa, evidenciando a construção de três categorias: a elegibilidade do paciente, o tempo despendido na assistência e o perfil profissional. A primeira categoria constituiu-se dos critérios de indicação do paciente que, na maioria, são de competência do médico do hospital, posteriormente, avaliados pelo médico da AD. A enfermeira e a assistente social verificam a viabilidade da prestação de serviço. A estabilidade clínica e a presença do cuidador familiar são um dos principais pré-requisitos de elegibilidade do paciente, para todos os serviços independente de recurso financeiro. As condições adequadas de moradia, sua localização e redução dos custos hospitalares são componentes para eleição do paciente. O grau de dependência dos cuidados de enfermagem foi apontado pelos entrevistados como determinante para a classificação do paciente ao tipo de modalidade de AD, monitoramento, atendimento e internação domiciliária e consistiu na segunda categoria. A terceira categoria foi o perfil profissional, fator essencial no dimensionamento do pessoal de enfermagem em AD. As enfermeiras, técnicos e auxiliares de enfermagem que atuam via cooperativa, precisam agir com postura adequada no ambiente do paciente e seus familiares, e a qualidade de prestação de serviços está intimamente relacionada à presença de supervisão, orientação e direção da enfermeira. A identificação dessas categorias possibilitou vislumbrar um caminho para proposição de um modelo, para dimensionar o pessoal de enfermagem domiciliária e transformar dados intuitivos em cientificamente embasados.