"Dimensionamento de pessoal de enfermagem no Hospital Universitário do Oeste do Paraná"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Nicola, Anair Lazzari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-05102005-115414/
Resumo: O papel desempenhado pelos recursos humanos na produção de serviços de saúde e, particularmente, no campo da enfermagem merece atenção especial. Este estudo aborda a temática da gerência de recursos humanos tomando por referência a questão do dimensionamento de pessoal de enfermagem em um setor específico de atuação: o hospital. Trata-se de uma investigação na modalidade de estudo de caso cujo objetivo geral é dimensionar o quadro de pessoal de enfermagem para unidades de internação de um hospital universitário situado em um município do oeste do estado do Paraná. A metodologia adotada é aquela proposta por Gaidzinski (1998) que contempla a identificação de determinadas variáveis, às quais correspondem instrumentos específicos de coleta de dados. Para identificação do grau de dependência do paciente em relação ao cuidado de enfermagem, utilizou-se o Sistema de Classificação de Pacientes segundo Perroca (2000); para as horas médias de assistência de enfermagem e o percentual de cada categoria profissional adotou-se como parâmetro a Resolução COFEN nº 189/96; a definição do índice de absenteísmo bem como a equação para cálculo do quadro de pessoal foram desenvolvidas segundo a metodologia preconizada por Gaidzinski (1998). As unidades de internação estudadas foram aquelas em que a clientela atendida era composta por adultos (≥ 14 anos), nas especialidades de clínica médica e clínica cirúrgica. Do total de 62 leitos ativados nas três unidades de internação estudadas, foram classificados, diariamente durante 92 dias consecutivos, 72,5% dos leitos que correspondem a 4.135 pacientes/dia. Para os demais 27,5% dos leitos, a classificação não se efetivou devido à recusa do paciente em participar do estudo e outras ocorrências. Dos pacientes classificados, 9,4% requeriam cuidados intensivos, 14,6% cuidados semi-intensivos, 45,1% cuidados intermediários e 30,9% cuidados mínimos. Para as ausências previstas, o maior índice deve-se às folgas semanais, para as ausências não previstas o índice mais elevado ocorre devido às licenças médicas. Aplicando-se a equação de dimensionamento, obteve-se um quadro projetado de 28 enfermeiros e 48 auxiliares de enfermagem. Comparando-se o quadro existente com o projetado verifica-se que para a categoria enfermeiro, o quantitativo existente corresponde a 50% daquele previsto; para a categoria de auxiliares de enfermagem há um excedente de 29,2%. Diante do quadro reduzido de enfermeiros, levanta-se a hipótese de que determinadas ações de enfermagem inerentes a esse profissional estejam sendo desenvolvidas pelo pessoal de nível médio, sem um processo de supervisão que permita o desenvolvimento de um trabalho mais articulado e integrativo, resultando em uma assistência de enfermagem de melhor qualidade. Entende-se, ainda, que a adoção, pelos enfermeiros, de um sistema de classificação de pacientes em suas respectivas unidades, permitirá ampliar o conhecimento acerca da clientela atendida, suas reais necessidades, bem como o desenvolvimento de habilidades e competências que lhe assegurem assistir e gerenciar de um modo mais seguro, inovador, autônomo e participativo.