Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rusch, Elidiane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-13042021-142833/
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Resumo: |
A morfina e a metadona, embora sejam fármacos recomendados para promover analgesia, parecem promover alterações comportamentais e influenciar no crescimento tumoral em modelos experimentais. Diante disso, o objetivo do estudo consistiu em avaliar os efeitos da morfina e metadona sobre o comportamento, antinocicepção e crescimento tumoral em camundongos. O estudo foi dividido em duas partes. No primeiro experimento foram utilizados 53 camundongos, fêmeas, com 60 ± 10 dias de idade que foram inoculados com tumor ascítico de Ehrlich (TAE) por via intraperitoneal. Após sete dias da inoculação, os animais foram distribuídos aleatoriamente em 7 grupos, morfina 5 mg/kg (Morf5), morfina 7,5 mg/kg (Morf7,5), morfina 10 mg/kg (Morf10), metadona 2,85 mg/kg (Met2,85), metadona 4,3 mg/kg (Met4,3), metadona 5,7 mg/kg (Met5,7) e solução salina NaCl 0,9% (Salina). Os tratamentos foram administrados por via subcutânea, a cada seis horas, durante três dias. Os animais foram avaliados quanto a atividade geral em campo aberto e nocicepção, por meio do teste de pinçamento de cauda, os quais foram realizados antes da inoculação tumoral (dia 0), aos 40, 90, 150, 240 e 360 minutos após o início dos tratamentos (dia 7) e 40, 150 e 360 minutos após os dias 8 e 9 pós-inoculação. Todas as doses promoveram aumento significativo da distância percorrida e velocidade média de maneira dose-dependente, sendo que os efeitos foram mais pronunciados nos dias 8 e 9. As frequências de levantar e de autolimpeza reduziram de maneira significativa após a administração de morfina e metadona em todas as doses até os 90 minutos. O segundo experimento consistiu em avaliar os efeitos sobre o crescimento tumoral das mesmas doses da morfina e metadona administradas por via subcutânea, a cada 6 horas, durante 8 dias, iniciados 24 horas após a inoculação tumoral. Os animais foram avaliados diariamente quanto ao peso e circunferência abdominal e nove dias após a inoculação tumoral, foram submetidos à eutanásia. O líquido ascítico foi colhido para aferição do volume, verificação da característica do líquido, contagem de células tumorais e análise do ciclo celular. Todos os animais apresentaram aumento de peso e de circunferência abdominal ao longo dos dias. O volume do líquido ascítico peritoneal foi menor nos tratamentos Morf5, Morf10 e em todas as doses testadas de metadona em comparação ao grupo Salina. A viabilidade e o número de células totais não diferiram entre os tratamentos. Os tratamentos Morf10 e Met5,7 interferiram no ciclo celular das células tumorais com maior porcentagem de células na fase G1 do ciclo, em comparação ao grupo Salina. Observou-se, a partir do primeiro experimento que todas as doses testadas promovem aumento da locomoção e redução de comportamentos exploratórios que foram mais evidentes ao longo dos dias de tratamento. A antinocicepção é observada por até 40 minutos em dose única e prolonga-se por até 150 minutos após administrações seriadas nas doses intermediárias e maiores. Os tratamentos Morf10 e Met5,7 promovem estase do ciclo celular, mas não interferem de maneira significativa no crescimento do tumor ascítico de Ehrlich. |