Movimentos nacionalistas na Europa pós-guerra fria: os casos de Flandres, Escócia e Catalunha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Chagas, Rodolfo Pereira das
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-06082018-171057/
Resumo: O presente trabalho objetiva analisar a ascensão de movimentos nacionalistas periféricos na Europa, no período pós-Guerra Fria, em um contexto de intensificação do processo de integração observado na União Europeia nas últimas três décadas, além de estabelecer comparações entre as três nações sem Estado que mais avançaram na luta independentista no século XXI: Flandres, Escócia e Catalunha. Também serão analisadas as circunstâncias que levaram à realização de ações de descentralização política nos três Estados que contêm as nações aqui estudadas: Bélgica, Reino Unido e Espanha e por que estas medidas de acomodação de minorias nacionais não surtiram o efeito esperado, já que, em vez mitigar a luta por autonomia e/ou soberania por parte destes movimentos subestatais, a fortaleceram. A pertinência do tema se revela à medida que recrudescem estes movimentos, não só na Europa, mas em todo o mundo, denotando a crise que vive o Estado democrático liberal no que concerne ao binômio: reconhecimento das minorias nacionais e manutenção da integridade territorial dos Estados que as contêm. Além disso, a força dos nacionalismos revela o quanto os processos de globalização e integração regional vêm sofrendo reveses neste século. Dentro da perspectiva da Geografia Política, é fundamental que o tema do nacionalismo seja fortemente analisado, já que se vislumbra um cenário de reorganização do espaço mundial, em função das fragmentações territoriais que podem ocorrer a partir do recrudescimento dos movimentos nacionalistas periféricos. Este quadro já foi visto em outros momentos da História, como nos períodos pós-Primeira Guerra Mundial e pós-Guerra Fria, com as desintegrações de Impérios no primeiro caso, e com o desmantelamento da União Soviética e Iugoslávia, no segundo caso.