Comparação dos desempenhos ambientais do B5 etílico de soja e do óleo diesel, por meio da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Sugawara, Eduardo Toshio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-16072013-122953/
Resumo: Ainda que a energia de origem fóssil predomine nos dias atuais, as fontes renováveis vêm ocupando cada vez mais um papel de destaque no mercado de energia. No Brasil, o etanol se apresenta como alternativa já consolidada e, nos últimos anos, o biodiesel passou também a possuir relevância na matriz energética nacional. Tal fato deveu-se à introdução em 2008 da obrigatoriedade legal de adição de biodiesel ao óleo diesel, e desde 2010 misturas com 5%vv de combustível de origem renovável (B5) são comercializadas no país. Diante desta imposição legal, procurou-se determinar quais os benefícios e ônus, em termos de impactos ambientais, acarretados pela adição de 5% do éster etílico de soja ao óleo diesel. Para tal objetivo, decidiu-se adotar a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) que, por apresentar uma visão sistêmica, não se restringindo à fase de uso dos combustíveis, permite identificar com maior precisão qual alternativa acarreta menor impacto para o meio ambiente. Os resultados da fase de Avaliação de Impacto indicaram que a mistura B5 de biodiesel etílico de soja, quando utilizada em um ônibus urbano da companhia Mercedes-Benz, apresenta pior desempenho ambiental que o óleo diesel em nove das treze categorias avaliadas, quais sejam: Depleção do Ozônio Estratosférico; Formação de Foto-oxidantes; Formação de Material Particulado; Acidificação Terrestre; Eutrofização de Água Doce; Ecotoxicidade Terrestre; Ocupação de Área Agrícola; Transformação de Área Natural; e Depleção de Água. Na categoria Mudanças Climáticas a mistura B5 obteve desempenho favorável, enquanto nas demais três categorias Toxicidade Humana, Ecotoxicidade em Água Doce e Depleção Fóssil ambos os combustíveis apresentaram resultados semelhantes. Voltando a comparação para o nível endpoint, no qual os impactos são expressos por meio de um indicador único, a mistura B5 obteve um desempenho ambiental inferior, uma vez que o resultado do seu indicador foi 0,2% maior que o do óleo diesel.