O uso de ácidos graxos de cadeia curta no controle de Salmonella em rações de aves

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Oliveira, Elizabeth de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20220207-173400/
Resumo: Para estudar o efeito dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), também conhecidos como ácidos orgânicos, no controle de Salmonella em rações de aves, foram conduzidos oito experimentos, no Setor de Ornitopatologia, do Departamento de Patologia Veterinária, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal da UNESP, no período de agosto de 1992 à fevereiro de 1994. em rações de aves. As cepas utilizadas foram Salmonella thyphimurium, Salmonella enteritidis, Salmonella infantis e Salmonella agona. Amostras de ração comercial, sem aditivos ou ingredientes de origem animal, foram esterilizadas e posteriormente inoculadas com as cepas acima descritas. Nos experimentos I e II, as rações foram tratadas com uma solução contendo os ácidos propiônico, fórmico e lático. Nos demais experimentos a solução utilizada foi composta somente pelos ácidos fórmico e propiônico. Os tratamentos foram fornecidos a pintos de um dia de idade, por serem os mesmos mais susceptíveis à colonização por salmonelas. Após 72 horas, o conteúdo cecal das aves foi coletado e transferido individualmente para frascos esterilizados. A seguir foram preparadas seis diluições decimais seriadas que posteriormente foram semeadas em placas de Petri contendo Ágar Verde Brilhante e incubadas invertidas à 37°C. A contagem de colônias de salmonelas foi efetuada após um período de 24 horas de incubação. A associação dos ácidos fórmico, propiônico e lático não se mostrou eficiente em eliminar a S. thyphimurium in vitro ou in vivo (Experimentos I e II). Baseado em relatos da literatura científica foi desenvolvida uma nova associação contendo somente os ácidos fórmico e propiônico. Essa nova associação, quando adicionada à ração em uma proporção de 0,4%, eliminou completamente o crescimento de S. thyphimurium e também atuou de forma eficiente sobre a S. agona. Entretanto, o crescimento de S. enteritidis somente foi controlado quando a concentração dessa solução de AGCC foi elevada a 0,8%. A S. infantis demonstrou ser dose-dependende, ou seja, a solução de AGCC usada a 0,8% somente inibiu o crescimento deste sorotipo quando houve uma diminuição no número de bactérias inoculadas na ração. É importante ressaltar o comportamento diferenciado dos sorotipos utilizados nesses estudos, frente ao tratamento com a solução de AGCC. Os resultados obtidos também sugerem a existência de um sinergismo entre os ácidos fórmico e propiônico, demonstrado pela maior eficiência dos mesmos sobre as salmonelas quando usados em associações, comparado às suas atividades quando adicionados individualmente às rações experimentais. O tratamento da farinha de carne, citada como sendo a principal fonte de contaminação em dietas para aves, com a solução de AGCC a 0,8% não foi eficiente no controle de Salmonella em rações para aves. O tratamento da ração, de forma integral, demonstrou ser o meio mais eficaz de controle destes patógenos. Os resultados demonstraram que uma solução contendo 70% de ácido fórmico e 30% de ácido propiônico foi eficiente sobre as salmonelas. Foram necessárias diferentes concentrações das soluções de AGCC, 0,4 e 0,8%, para controlar o crescimento dos diferentes sorotipos de Salmonella.