Uma análise empírica do prêmio pelo risco nos contratos futuros de índice Bovespa da BM&F

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Sassatani, Ricardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-02062023-144224/
Resumo: Nas últimas décadas, os mercados futuros têm ocupado um papel relevante na administração de risco de investimentos. A importância adquirida pelos mercados futuros deu origem a três linhas de estudos: a eficiência de mercado, o poder de previsão de seus participantes e a questão do prêmio pelo risco. A idéia de existência de um prêmio pelo risco nos contratos futuros remonta aos estudos de Keynes nos anos 30, que formulou a teoria do normal backwardation. De acordo com o autor, em um mercado composto por hedgers e especuladores, os preços dos contratos futuros contêm um prêmio que é pago pelos hedgers. Tal prêmio surge como recompensa aos especuladores por proverem a segurança e liquidez demandada pelos hedgers. A teoria proposta por Keynes despertou a atenção de vários acadêmicos que realizaram testes empíricos para examinar se os preços futuros de fato conteriam um prêmio pelo risco. Destacam-se os estudos feitos por Telser (1958), Gray (1961), Dusak (1973), Bessembider (1993) e Chatrath et al. (1997). A maior parte dos estudos realizados costumam associar o lucro obtido pelos especuladores com a existência de um prêmio, e os resultados são variados. E entre os contratos analisados, pouca atenção foi dada aos contratos futuros de índices de ações. Esta dissertação teve por objetivo analisar de forma direta a existência de um prêmio pelo risco nos contratos futuros de índice bovespa negociados na BM&F entre julho de 1994 e outubro de 1998. Neste trabalho, buscou-se identificar a existência de um viés nos preços futuros do Ibovespa e associá-lo à posição assumida por hedgers e especuladores nos mercados futuros. Embora os contratos futuros apresentassem um viés em relação ao preço teórico, os resultados não permitiram dizer que esta diferença é conseqüência de um prêmio pelo risco. Outras variáveis, como a variação das taxas de juros, o prazo e os resíduos defasados do modelo de regressão, apresentaram signifícância estatística tendo maior importância na predição deste viés.