Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Artur Lupinetti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-17102023-174658/
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Resumo: |
Uma consequência proeminente da intensificação da urbanização é a ocorrência das ilhas de calor. As ilhas de calor de superfície, que são aquelas que afetam as camadas inferiores da atmosfera, afetam a população ao aumentar o consumo de energia e têm implicações para o conforto térmico e a saúde humana. Em relação à mitigação ou prevenção de eventos térmicos extremos e à redução dos efeitos das ilhas de calor de superfície, a vegetação urbana possui grande potencial, mas no contexto das áreas urbanas também é importante levar em conta os efeitos de outros elementos da paisagem, como edifícios, e suas interações com a vegetação. Por meio de uma abordagem de ecologia da paisagem e aplicando modelos lineares generalizados, avaliamos a prestação do serviço ecossistêmico de regulação climática local na cidade de São Paulo, Brasil, identificando áreas com desequilíbrio entre a oferta e a demanda desse serviço, e como a oferta do serviço é afetada pela estrutura da paisagem, focando tanto em áreas vegetadas quanto construídas, e em sua interação. Apesar das métricas de composição, especialmente a cobertura total de vegetação, serem as que melhor explicam a oferta do serviço de regulação climática local, as métricas de configuração também exercem um efeito significativo sobre esse serviço. A densidade de bordas de vegetação mostrou um efeito positivo na oferta do serviço, enquanto o oposto ocorreu para a densidade de bordas de edifícios. O volume arbóreo e o contato entre áreas vegetadas e construídas também se mostraram parâmetros que ajudam a reduzir as temperaturas da superfície, e que os efeitos da vegetação e das edificações interagem entre si, modulando um ao outro. Por fim, foram identificadas regiões da cidade com desequilíbrio entre a oferta e a demanda desse serviço, o que poderia representar um risco à saúde em um cenário de crise climática. Esses resultados podem ajudar tomadores de decisão e urbanistas a pensar na configuração da cidade e propor políticas públicas com o objetivo de amenizar as temperaturas locais, beneficiando a população. |