Ciência para o café: o Instituto Agronômico e a ciência aplicada ao desenvolvimento da economia cafeeira (1887-1924)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Stahl, Moises
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-10042024-121021/
Resumo: O objetivo dessa pesquisa consiste em examinar o fomento da economia cafeeira paulista dentro do processo de institucionalização da ciência brasileira, notadamente a partir do estabelecimento do Instituto Agronômico localizado em Campinas, que teve a atividade de pesquisa direcionada à produção agrícola, com ênfase no café. O período privilegiado dessa tese corresponde ao auge da produção cafeeira e as etapas iniciais do desenrolar da ciência no Brasil. Para tanto, o Instituto Agronômico se apresentou como instituição, no período que se estende da década de 1880 a de 1920, capacitadora de estimular a produção cafeeira a partir de experiências e técnicas desenvolvidas para aumentar a produtividade e conter a expansão de pragas. Evidenciamos que há um entrelaçamento entre a economia do café, parte da agricultura nacional, e a constituição institucional da ciência brasileira. Portanto, a história que será examinada nesse trabalho aborda a ciência para o café, ou o café como objeto de ciência, dentro do ciclo de expansão da economia capitalista brasileira, seguindo a bibliografia especializada, analisando a atuação dos diretores que administraram o Instituto Agronômico, como Franz W. Dafert, Uchôa Cavalcanti, Gustavo DUtra, Max Passon e Jean-Jules Arthaud-Berthet. O recorte temporal da tese abrange o período inicial das atividades do Instituto, isto é, 1887, estendendo até 1924, momento que a instituição esteve envolvida em uma querela científica acerca da propagação de uma praga, a broca do café, geradora de uma série de problemas para a economia cafeeira e para o então diretor do Instituto, o cientista de origem francesa, Jean-Jules Arthaud-Berthet. Nossa periodização engloba o ciclo capitalista da economia brasileira, mas situa o período dentro dos limites de atuação do Instituto Agronômico