O uso do modelo de floresta aleatória para quantificar preditores de risco para requisitos de traqueostomia em pacientes sépticos. Um estudo de coorte retrospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rodrigues, Lorena Aparecida de Brito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
UTI
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-08022021-150617/
Resumo: A busca de fatores de risco clínicos precoces no contexto dos cuidados intensivos pode melhorar a sobrevida de pacientes criticamente enfermos. Os objetivos deste estudo retrospectivo é comparar os pacientes com sepse internados na UTI, identificando precocemente os preditores para os pacientes que teriam a necessidade de se submeter à traqueostomia e os quantificando. Métodos: Todos os dados de diagnóstico de chegada na UTI, bem como as variáveis clínicas e fisiológicas foram registradas. As curvas de calibração para o SAPS3 e o SOFA foram construídas para melhorar os seus desempenhos, sendo utilizado o teste de Hosmer-Lemeshow que se baseia na comparação entre as probabilidades preditas e os resultados observados. As comparações de dados demográficos e clínicos dos quinhentos e quarenta e quatro pacientes sépticos que foram divididos em dois grupos: não-traqueostomizados (NT) (n = 484) e traqueostomizados (T) (n = 60), consistituindo em 241 (49,8%) para o grupo não traqueostomizados e 27 (45%) para o grupo traqueostomizados, foram realizados o teste para duas amostras independentes (rank-sum) de Mann-Whitney para as variáveis quantitativas e o teste exato de Fisher para as variáveis qualitativas. Resultados: A mediana e a diferença interquartil para a idade de NT grupo era de 72 anos [59-82] e T de 75 [55,0-83,5] (P = 0,4687). O SAPS 3 para o grupo NTxT foi de 70 [55-85] e 85,5 [77-91] (P = 0,0001), o sofá de 9 [6-13] e 12 [10-14] (P = 0,0002). A comparação da análise de regressão logística para preditores de grupos não-traqueostomia e de traqueostomia mostrou um odds ratio ajustado (OR) para o SAPS 3 entre 74 e 87 de 18,14 (95%IC = 3,36- 97,84) e entre 88-116 de 27,77 (95%IC = 4,43-174,24) (P <0,05). Para o SOFA o OR ajustado entre 10-13 foi 12,23 (95%IC = 2,46-60,81) e entre 14 e 20 foi de 8,45 (95%IC = 1,58-45,29) (P <0,05). A necessidade de transfusões de sangue e diálise apresentaram um OR de 2,74 (95%IC = 1,23-6,08) e 3,33 (95%IC = 1,43-7,73) (P <0,05), respectivamente. Conclusão: Os nossos dados mostram que SAPS 3 &ge; 74, SOFA &ge; 11, transfusões de sangue e necessidade de diálise foram fatores independentemente associados e podem ser considerados preditores para requisitos de traqueostomia em pacientes sépticos.