Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Gil, Flávia Ceccon Moreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-24092009-151439/
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Resumo: |
Não raro, situações difíceis de se lidar na Educação são presenciadas no cotidiano escolar, como a questão da inclusão de alunos com deficiência na escola regular, que, muitas vezes, não tem estrutura física adequada, nem pessoal qualificado para trabalhar com esses alunos e proporcionar-lhes o desenvolvimento e a aprendizagem esperados. Por conhecer a importância que a visão tem no processo escolar e na vida sócio-cultural da criança, e por saber que a Deficiência Visual (DV) atinge boa parte da população brasileira, optou-se, nesta pesquisa, por estudar crianças com graves limitações visuais matriculadas em escolas regulares. Assim, objetiva-se verificar como a comunidade escolar percebe a criança com DV; como é a percepção da própria criança com DV em relação à sua participação na escola regular e quais os procedimentos adotados pelas escolas para trabalhar com alunos com essas características. Para tal, fez-se necessário o estudo de caso, utilizando-se, como instrumentos, a observação e a análise documental de três crianças uma menina e dois meninos entre 6 e 8 anos de idade, com baixa visão congênita, que frequentavam diferentes escolas regulares de Ensino Infantil e Fundamental do Município de Juiz de Fora, MG, além de uma entrevista semiestruturada com as crianças e suas comunidades escolares. O estudo pautou-se por uma abordagem qualitativa de pesquisa, cujos resultados apontaram para uma escassez de conhecimento por parte dos profissionais que atuavam nas escolas observadas, tanto sobre a DV quanto a respeito dos casos específicos das crianças pesquisadas. Além disso, constatouse que a baixa visão não é vista por muitas pessoas como DV, sendo menos conhecida do que a cegueira, e, talvez, por isso, alguns indivíduos a consideram como sendo menos grave do que a ausência total de visão. Em relação à percepção das comunidades escolares no que tange a seus alunos com baixa visão, de um modo geral, as três crianças eram percebidas como alunos normais e iguais aos outros, apesar de ainda não estarem totalmente incluídos nas escolas. Os métodos e as adaptações disponibilizados nas aulas eram insuficientes para lhes permitirem atingir seu potencial cognitivo e motor, apesar de terem ocorrido desenvolvimentos e avanços. Para os próprios alunos observados, a baixa visão era um detalhe ou mais uma de suas várias características, o que permite que eles se percebam crianças como as outras que têm diferenças comuns a todos os indivíduos, não se sentindo diferentes ou discriminados em razão da DV. Com a realização e o término desta pesquisa, percebe-se que a teoria inclusiva ainda está distante da prática e do cotidiano escolar. Argumentos são apresentados na tentativa de encobrir as falhas, e as responsabilidades comumente são lançadas para outras pessoas. Entretanto, um sistema educacional será verdadeiramente produtivo se todas as suas partes se conscientizarem de suas funções, combinando suas responsabilidades e almejando, sempre, o melhor para os educandos. |