Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Néris, Cassiana Navarrete |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20191218-174948/
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Resumo: |
O presente trabalho analisa a evolução do reflorestamento em pequenos e médios imóveis rurais, avaliando os impactos de programas públicos e privados sobre esses reflorestamentos. Considerou-se como casos em estudo os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná que possuem expressivas experiências em programas de estímulo a esse tipo de atividade. Para tanto, foram utilizados os dados disponíveis na literatura existente e entrevistas com técnicos da área. Inicialmente, analisa-se os programas públicos e privados de incentivo ao reflorestamento em pequenos e médios imóveis rurais que ocorreram e ainda ocorrem nos Estados em questão, ressaltando suas diferenças e resultados. Conhecidos os programas implantados, procura-se averiguar a importância dos diferentes segmentos na promoção do fomento florestal nos três Estados. Conclui-se que em Minas Gerais a iniciativa privada e o Governo Estadual são bastante atuantes no fomento florestal. No Estado do Paraná, existe grande concentração no Poder Estadual, através do Instituto Ambiental do Paraná, das atividades voltadas ao fomento do reflorestamento em pequenos e médios imóveis rurais. Em São Paulo é a sociedade civil (através das Associações de Reposição Florestal) que promove o reflorestamento junto a pequenos e médios imóveis rurais. Além disso, em São Paulo e no Paraná as empresas de papel e celulose estimulam o plantio de florestas em pequenos e médios imóveis rurais, enquanto em Minas Gerais são as empresas siderúrgicas que se destacam no fomento privado. Diante desse cenário, é analisada a evolução do reflorestamento nos pequenos e médios imóveis rurais. Constata-se que, entre os anos de 1970 e 1995, existe o crescimento do estoque de área reflorestada nas pequenas e médias propriedades rurais nos Estados de Minas Gerais e Paraná e o decréscimo no Estado de São Paulo. Isto demonstra que a sistemática adotada em Minas Gerais e no Paraná para estímulo do reflorestamento em pequenas e médias propriedades rurais têm tido maior eficácia do que a sistemática adotada em São Paulo. Em seguida, é realizada a análise de rentabilidade econômica de projetos de reflorestamento com eucalipto sob condições representativas dos cenários dos Estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Conclui-se que os projetos são economicamente viáveis à taxa de juros de até 7% ao ano no Paraná e de até 10% ao ano em São Paulo. Os únicos projetos considerados viáveis até a taxa de juros de 20% ao ano ocorrem em Minas Gerais. A doação de mudas nos programas de fomento florestal é responsável pelo aumento de 8,3% na rentabilidade dos projetos no Estado do Paraná e de 6,8% no Estado de São Paulo. No Estado de Minas Gerais, a doação de mudas e insumos é responsável pelo aumento de 43,88% ou de 52,19% na rentabilidade dos projetos segundo o esquema de compra da madeira estabelecido entre o fazendeiro e a empresa fomentadora. O trabalho termina por sugerir que os programas de fomento florestal não devem apenas basear-se na doação de mudas, mas também garantir maior integração entre os produtores e os compradores de madeira. Também sugere novas linhas de pesquisa que podem gerar subsídios para a redefinição ou elaboração de futuros programas de incentivo ao reflorestamento em pequenos e médios imóveis rurais. |