Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Rostichelli, Michele |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-24042014-120105/
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Resumo: |
A prática da agricultura é uma atividade que ganha cada vez mais visibilidade no espaço urbano. Entretanto, entendemos que nem todo cultivo em terra pode ser entendido como agricultura urbana. Os cultivos em pequenos recipientes ou em terraços mesmo que dentro do espaço urbano não é agricultura urbana. A prática da agricultura urbana envolve uma diversidade de sujeitos e um conjunto de técnicas para cultivar alimentos. Os alimentos que estes agricultores produzem são para venda e para o autoconsumo, mas todos consomem o que produzem. Nos municípios da Região do Grande ABC e em São Mateus, os agricultores urbanos são migrantes de outras Unidades Federativas e tem sua origem no espaço rural. São filhos de parceiros, trabalhadores do campo, sitiantes, motivo pelo qual ao irem para os grandes centros urbanos, tentaram reproduzir parte daquela vida que tinham. Além da necessidade econômica, para eles, há certa importância em produzir seu próprio alimento. Nas experiências de agricultura urbana, podemos encontrar experiências fomentadas pelos governos e por agências internacionais, bem como experiências autônomas que mesclam a questão política com a produção de alimentos. As primeiras, geralmente são fomentadas pelos próprios governos que tentam responder à pobreza e à fome incentivando a agricultura urbana dentro da perspectiva de segurança alimentar. No Brasil, o Programa Fome Zero, que tem em um de seus eixos o Programa de Agricultura e Hortas Urbanas, foi criado justamente com o objetivo de eliminar a pobreza. Entretanto, sabemos que o problema da fome é estrutural e programas como este não incluem mudança na estrutura, e não pretendem transformar a realidade, mas sim, mantê-la. As experiências autônomas são práticas que buscam relativa autonomia frente ao Estado e ao Mercado ao buscarem um modo de vida mais comunitário. Nestas diferenças, a prática da agricultura urbana aparece como local que aglomera pessoas e que, portanto, pode se tornar o local de (re)criação de laços mais comunitários e solidários. |