Mudança temporal do aleitamento materno exclusivo na América Latina e Caribe: atualização de seus determinantes e da tendência secular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Bersot, Vitor Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-28092011-153100/
Resumo: Introdução: Os múltiplos e interativos efeitos protetores do aleitamento materno exclusivo (AME) na saúde e sobrevivência infantil justificam as recomendações universais para promover sua prática. Poucos são os estudos que avaliam a tendência do padrão do AME entre países. Objetivo: Analisar a mudança temporal do AME em cinco países da América Latina e Caribe (ALC) comparando dados das décadas de 1990 e 2000. Métodos: A dissertação é composta por um manuscrito, que avaliou dados de crianças de 0 a 6 meses incluídas nas amostras das pesquisas Demographic Health Survey conduzidas em Brasil, Colômbia, Haiti, Peru e República Dominicana. Foram estimadas as prevalências do AME e suas taxas anuais de variação ponderada, segundo país e ano de inquérito. A duração do AME foi estimada usando a análise de sobrevida de Kaplan-Meier, considerando a idade atual da criança como o tempo de sobrevida e o AME como variável binária, referente à situação da prática no momento da entrevista. As curvas de sobrevivência foram construídas por país, em cada década, e a comparação entre elas usou o teste log-rank. A mediana do tempo de amamentação foi calculada para cada variável independente e a relação entre essas variáveis e o desmame até os seis meses foi analisada pela técnica de regressão de Cox com modelo múltiplo. Resultados: A prevalência de AME aumentou em quatro dos cinco países estudados, com incremento ao ano mais marcante na Colômbia (11 por cento ) e no Haiti (17 por cento ). A duração mediana apresentou duas tendências de evolução: aumento com equidade na Colômbia e no Haiti, e estagnação com distribuição desigual entre os subgrupos populacionais da última década no Brasil, Peru e República Dominicana. No modelo múltiplo de regressão, variáveis de demografia e do perfil de uso dos serviços de saúde associaram-se à duração do AME. A residência em área rural foi a variável reiteradamente associada, de forma negativa no Brasil (HR=1,68; IC 95 por cento :1,06-2,67) e na Colômbia (HR=1,39; IC 95 por cento :1,03-1,87), enquanto que positivamente no Peru (HR=0,40; IC 95 por cento :0,19-0,83). Conclusão: O balanço da tendência do AME na ALC é positivo, embora não uniforme ao longo das duas décadas analisadas. Os achados sinalizam a necessidade de intervenções para a promoção do AME que levem em consideração a localização geográfica das famílias e a qualidade prestada nos serviços de saúde