Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Luhm, Karin Regina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-20052009-111358/
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Resumo: |
OBJETIVO: Avaliar a cobertura vacinal aos 12 e aos 24 meses de vida, em Curitiba e seus distritos sanitários (DS) e investigar a associação entre esquema vacinal incompleto e fatores individuais da criança e da mãe e contextuais, especialmente os relacionados aos serviços públicos de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de estudo transversal com crianças residentes em Curitiba e nascidas em 2002. As fontes de dados foram: i) o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC); ii) o prontuário eletrônico municipal; iii) inquérito domiciliar para casos com registro incompleto. Foi utilizado o software RECLINK II para a linkage dos bancos de dados. A investigação de fatores associados aos desfechos de interesse foi efetuada por meio da análise bivariada e análise de regressão logística multinível (software MLwiN 2.0). RESULTADOS: A amostra abrangeu 2637 crianças, a cobertura vacinal no município foi de 95,3 por cento aos 12 meses e 90,3 por cento aos 24 meses, observando-se pequena variação nas coberturas entre distritos; 0,2 por cento a 0,9 por cento das vacinas foram aplicadas em datas ou intervalos inferiores aos preconizados e 2,8 por cento a 32,2 por cento após o período recomendado; 98 por cento das crianças têm cadastro no prontuário eletrônico do município, 97,7 por cento recebeu ao menos uma dose de vacina na rede municipal de saúde e 73,3 por cento realizou consulta médica nestas unidades; as crianças com três ou mais consultas em unidade básicas/ESF apresentam melhor situação vacinal. Entre as crianças com acompanhamento nas unidades de saúde, estimou-se entre 4 por cento e 7,3 por cento as oportunidades perdidas de imunização. Na análise multivariada mostraramse independentemente associadas ao esquema vacinal incompleto aos 12 meses: ter mãe adolescente (OR=2,8); a ordem de nascimento (ser o 2º ou 3º filho com OR=7,3 e ser 4º filho em diante com OR=22,2) já considerando a interação com outras variáveis; número inadequado de consultas de pré-natal (OR=2,6); ter efetuado menos de 3 de consultas médicas em unidade básica/ESF no ano (OR=2,2). Para esquema vacinal incompleto aos 24 meses mostraram-se independentemente associadas: a ordem de nascimento (ser 2º ou 3º filho com OR=2,5 e ser o 4º filho em diante com OR=5,3); número inadequado de consultas de pré-natal (OR=1,8); número inferior a 3 de consultas médicas no ano em unidade básica/ESF (OR=1,5) e ter cadastro provisório ou não ter cadastro na US básica (OR=1,7) e inversamente associado a idade materna de 35 anos e mais (OR=0,6). Embora a análise bivariada aponte melhor situação vacinal entre crianças atendidas em US que adotada plenamente a Estratégia de Saúde da Família e em distritos sanitários de estrato socioeconômico mais pobre a análise multivariada não revelou associação. CONCLUSÕES: Os resultados apontam a importância de políticas públicas na promoção da equidade em saúde e permitem a identificação de fatores associados que devem ser considerados no aperfeiçoamento de programas de imunização. |