Uso de aditivos para prevenção da urolitíase em cordeiros alimentados com dietas com elevada proporção de concentrado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Buarque, Vicente Luiz Macêdo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-17022022-094109/
Resumo: Objetivou-se com este estudo avaliar a eficácia de aditivos na prevenção da urolitíase em cordeiros alimentados com dietas com elevada proporção de concentrado, pela acidificação urinária e seu efeito no desempenho. Foram utilizados 32 cordeiros machos, não castrados, cruzados das raças Dorper × Santa Inês, com idade de 50±5 dias, e peso inicial de 23±5 kg, alojados em baias individuais, alimentados com dieta composta por 6% de volumoso (feno de \"Coastcross\" Cynodon ssp.) e 94% de concentrado e submetidos a quatro tratamentos: controle sem inclusão de aditivos (CTL), adição de cloreto de amônio 5,0 g/kg de MS (CLA), adição de cloreto de cálcio 6,3 g/kg de MS (CLC), e adição de ácido benzoico (ABZ) 5,0 g/kg de MS. Os animais foram pesados ao início e a cada 14 dias. Amostras de sangue e urina foram colhidas no dia anterior no início do período experimental e a cada 28 dias para exames de hemograma, bioquímica sérica e urinálise. Após 60 dias, os animais foram abatidos e amostras de tecidos do sistema urinário foram colhidas para avaliação. Também foi feito o escore de rumenite a morfometria de papilas e a avaliação cecal de cada animal. O pH e volume urinário e parâmetros sanguíneos foram analisados como medidas repetidas no tempo, considerando o tratamento, o tempo e sua interação como efeitos fixos e efeito aleatório de bloco e animal. Estruturas de covariância foram modeladas e ajustadas. Quando um efeito significativo foi observado (P<0,05), as médias foram comparadas pelo teste t de Student. Os escores de rumenite e de lesão cecal foram analisados considerando uma distribuição de Poisson, utilizando o procedimento GLIMMIX do SAS. Os tratamentos não afetaram as características de desempenho, morfometria de papilas, e escores de lesão cecal ou ruminal. O CLC apresentou menor pH cecal (P = 0,034). Menor pH urinário ocorreu nos tratamentos CLC e CLA (P < 0,001). Os tratamentos não influenciaram as variáveis sanguíneas, porém, o tempo influenciou alguns desses parâmetros (P < 0,05). Os aditivos não foram eficazes na prevenção da urolitíase, contudo, não houve obstrução do trato urinário. Nas condições deste estudo, o CLC foi o aditivo que mais reduziu o pH urinário e pode ser utilizado em substituição ao CLA para essa finalidade.