A reconfiguração do imperialismo na América Latina durante o século XXI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: David, Thomaz Delgado de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-26042023-164710/
Resumo: Historicamente, a inserção internacional da América Latina se traduz em relações assimétricas com o centro global, caracterizadas pela dominação política e pela dependência econômica sofridas. Sob o sistema capitalista, essas relações ganham contornos específicos e passam a configurar um imperialismo dotado de especificidade, que conta com mecanismos mais sofisticados de dominação e apresenta uma orientação, predominantemente, voltada à acumulação econômica. Contudo, entende-se que a dinâmica imperialista tem passado por novas modificações, inclusive nas últimas décadas, acompanhando as transformações do capitalismo global e, ainda, do contexto regional latino-americano. Assim, o objetivo geral deste trabalho é compreender o que caracteriza a reconfiguração do imperialismo na América Latina durante o século XXI. Para atingi-lo, adota-se uma matriz teórica marxista e emprega-se o método de abordagem materialista histórico-dialético, o método de procedimento histórico e a técnica de pesquisa documental indireta. Ao longo do trabalho, estabelece-se um percurso analítico que parte de constatações abrangentes sobre o capitalismo e as teorias marxistas do imperialismo desde o início do século XX. Ao adentrar no debate contemporâneo sobre o imperialismo, é concedida ênfase às contribuições de David Harvey e de Ellen Wood. Depois, avança-se em direção ao entendimento do contexto regional no qual esse imperialismo opera, expondo-se duas tendências políticas que se sobrepõem temporalmente: a onda rosa (1998-2016) e a onda conservadora (iniciada em 2009). Tais tendências são associadas, respectivamente, com a ascensão tendencial de Chefes de Estado do espectro político de esquerda e de direita em países da região. Ao fim, parte-se para a análise da reconfiguração dos mecanismos econômicos e extraeconômicos do imperialismo, rearticulados entre si, que resulta em um entendimento do imperialismo contemporâneo na América Latina.