Efeito da ciclosporina na regeneração hepática em ratos submetidos à hepatectomia parcial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Baretta, Giorgio Alfredo Pedroso
Outros Autores: Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Saúde. Programa de Pós-Graduaçao em Clínica Cirúrgica
Orientador(a): Matias, Jorge Eduardo Fouto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/29428
Resumo: Resumo: A regeneração hepática ocorre após insultos ao fígado de diversas etiologias como a hepatectomia. Estudos recentes têm sugerido ação estimulatória do imunossupressor ciclosporina no processo de regeneração hepática. Este estudo objetivou avaliar a influência da ciclosporina no processo de regeneração hepática de ratos adultos submetidos à modelo experimental de hepatectomia a 70%. Quarenta ratos machos foram divididos em 4 grupos (C.24h, E.24h, C.7d e E.7d) conforme a medicação fornecida (E - estudo: ciclosporina; C - controle: solução de cloreto de sódio 0,9%) e o dia da morte (24h: 1o dia pós-hepatectomia; 7d: 7o dia pós-hepatectomia). Ciclosporina (10 mg/kg/dia) e solução de cloreto de sódio 0,9% (1ml) foram administrados via gavagem nos ratos dos grupos estudo e controle respectivamente desde o terceiro dia de pré-operatório até a data da morte. Três dias após o início da gavagem, sob anestesia inalatória com isoflurano, realizou-se hepatectomia parcial de 2/3 (70%). No momento da morte dos animais com 24 horas e 7 dias pós-hepatectomia, realizou-se monitorização do peso corporal, aferição da porcentagem de regeneração pela fórmula de KWON, contagem das figuras de mitose existentes em 10 campos de grande aumento aleatórios e percentual dos núcleos positivos em 100 células com marcadores PCNA e Ki-67. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste "t" de Student, Aspin-Welch e Mann- Whitney, adotando nível de significância estatística de 5% (p < 0,05). Houve perda ponderai significativa nos grupos e subgrupos comparando-se o peso inicial com o peso no dia da morte dos animais. Com relação aos grupos de 7 dias, foram realizadas aferições de peso corporal chamadas de intermediárias, ou seja, no segundo e quarto dias após a hepatectomia 70%, além de aferição no dia da morte. Ao compararmos os grupos controle com o estudo de 7 dias no segundo, quarto e dia da morte, todos apresentaram diferenças estatisticamente significativas, com perda de peso mais acentuada no grupo em que utilizou-se o imunossupressor . Quanto ao peso hepático, tanto do fígado ressecado quanto do remanescente e peso estimado total, não houve diferença estatisticamente significativa. Com relação ao ganho de volume do fígado (KWON), o grupo C.7d regenerou mais que o C.24h (p = 0,0001) e o E.7d da mesma forma quando comparado ao E.24h (p = 0,0001). Compando-se intergrupos, o grupo E.7d foi significativo estatisticamente (p = 0,05), sugerindo efeito estimulador da ciclosporina na regeneração hepática ao longo do estudo. A imunoistoquímica com PCNA e Ki-67 foi significante apenas entre os grupos E.24h e E.7d (p = 0,0001 e p = 0,04 respectivamente). A contagem de figuras de mitose na hematoxilina-eosina evidenciou apenas diferenças estatísticas entre os grupos controle (p = 0,006). A ciclosporina, apesar de ser uma droga imunossupressora, influencia positivamente na regeneração hepática ao longo do estudo, porém age negativamente reduzindo peso dos animais até a momento da morte. Palavras-chave: Regeneração hepática. Ciclosporina. Hepatectomia. Transplante hepático.