Efeitos das mudanças climáticas na regulação de biomarcadores em Echinaster brasiliensis (Echinodermata: Asteroidea)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Patrícia Lacouth da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-15032016-101439/
Resumo: Diante do quadro atual de previsões de mudanças climáticas, estudos a respeito das possíveis respostas dos organismos a estas alterações são importantes. Com a finalidade de prever e verificar se estas serão de fato deletérias ou se os organismos são capazes de lidar com elas sem alterações na sua fisiologia, e consequentemente na estrutura do ambiente, E. brasiliensis foi utilizada como modelo para estudar possíveis impactos do aumento da temperatura e acidificação dos oceanos na sua fisiologia. Para isso, espécimes foram expostos a 9 possíveis combinações de temperatura (24ºC, 28ºC e 30ºC) e pH (8.0, 7.7 e 7.3) em diferentes intervalos de tempo (1, 3, 12, 24 e 48 h). Amostras de gônadas e fluido celomático foram coletadas para avaliar a expressão das proteínas de estresse HSP70, AIF-1 e p38-MAPK, e a variação no número e viabilidade dos celomócitos. Nossos resultados mostram que o modelo é sensibilizado pelas mudanças no ambiente, através da hiper-regulação das proteínas de estresse. O cenário considerado mais extremo (30°C + pH7.3) ocasionou a morte de 100% dos organismos após 24horas. E o segundo cenário mais severo (30°C + pH7.7) desencadeou o desenvolvimento de ulceração de pele. Os efeitos são mais pronunciados nos celomócitos e a acidificação da água parece ter efeitos antagônicos com a temperatura nos celomócitos e sinérgicos nas gônadas. Embora a resposta tenha sido sistêmica, o grau e a dinâmica foram distintos em relação às diferentes amostras e estresses. Podendo causar modificações na resposta imune dos organismos e consequentemente na sobrevivência da espécie a longo prazo.