Avaliação de diferentes volumosos em dietas de equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bastos, Filipe Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Hay
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-16032022-140725/
Resumo: O uso de diferentes fontes de volumosos na criação de equinos é uma realidade no Brasil. Mais de 700 mil ha são cultivados anualmente somente para a produção de volumosos para equinos, contudo, pouco se sabe dos efeitos dessas variedades na saúde digestiva dos animais. O estudo tem como objetivo avaliar diferentes volumosos usados na alimentação equina. O experimento foi conduzido no Laboratório de Saúde Digestiva e Desempenho de Equinos (LabEqui) USP/FMVZ. O delineamento experimental utilizado foi o quadrado latino duplo 3 x 3, com fatorial 3 x 2 sendo a unidade experimental o animal dentro de cada período experimental. Foram utilizados seis cavalos Pôneis da raça Mini Horse, machos, castrados, com idade aproximada de nove anos e peso corporal médio de 150 ±30 kg. Os cavalos foram alojados em baias individuais e divididos em três grupos, silagem de milho + concentrado 1, feno + concentrado 2 e pré secado de gramínea + concentrado 3, com e sem a presença de adsorvente de micotoxina (dois gramas/animal dia). A dieta foi formulada conforme a exigência nutricional diária para equinos em manutenção de 1,75% do peso corpóreo em matéria seca, sendo 1,05% de volumoso e 0,70% proveniente do concentrado, água e sal mineral ad libitum. Foram avaliados o comportamento alimentar, digestibilidade aparente, ultrassonografia de alça intestinal, parâmetros hepáticos, resposta glicêmica e insulinêmica, ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), pH fecal e imunoglobulina A (IgA). Foi observado diferença (P <0,05) para as seguintes variáveis: comportamento alimentar, com o tratamento de silagem de milho apresentado maiores tempos de ócio (77,74 %) e menor tempo de alimentação (23,62 %), os coeficientes de digestibilidade aparente do feno apresentaram maiores médias para FDN (72,79 %) e não tendo diferença na digestibilidade de FB do pré secado (57,82 %; 60,63 %), para MM a silagem de milho obteve maior digestibilidade (62,52 %) que os demais tratamentos, a ultrassonografia demonstrou interação tratamento*adsorvente, tendo os animais que recebiam silagem sem adsorvente a maior média (2,41 mm), para os parâmetros hepáticos, houve maiores concentrações de globulinas para silagem sem adsorvente de micotoxina (4,88 g/dL), a resposta glicêmica da silagem de milho sem adsorvente apresentou menor área a baixo da curva (419,42 mg/dL), no entanto, a curva insulinêmica do feno com adsorvente obteve a maior área (923,58 μUI/mL), o pH do tratamento de feno (6,48) foi menor que os demais tratamentos independente da inclusão do adsorvente. Para a variável IgA, a silagem com adição de adsorvente apresentou maiores médias (666,53 μg/g) quando comparado aos demais tratamentos. O feno e pré secado de gramínea mesmo quando utilizado em dietas equivalentes em amido com a silagem de milho, apresentou menor inflamação digestiva sendo os volumosos mais seguros para alimentação de equinos demostrando promover melhor saúde e desempenho digestivo dos cavalos.