Da casa de pau-a-pique aos filhos doutores: trajetórias escolares de gerações de descendentes japoneses (dos anos 1950 aos anos 1990)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Shibata, Hiromi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-22032010-140827/
Resumo: Este trabalho dirigiu-se à investigação de uma das marcas de distinção japonesa: o empenho pela educação dos filhos. O material explorado baseou-se em relatos da trajetória escolar colhidos, por meio das entrevistas semiestruturadas, de grupos de pais e de alunos de diferentes faixas etárias, que se escolarizaram a partir do término da Segunda Guerra Mundial, pertencentes a famílias de origem japonesa,. A pesquisa foi realizada entre 2005 e 2008, na cidade de São Paulo. Foram entrevistados 49 indivíduos, entre pais e filhos, diretores e professores. Optamos por desenvolver a pesquisa com alguns grupos de ex-alunos de descendência japonesa do Colégio Bandeirantes (SP), buscando examinar as relações entre família e escola, assim como a razão do sucesso escolar e influência da etnia japonesa. Na essência, o trabalho baseou-se em uma abordagem que levou em conta o contexto histórico e a posição dos sujeitos nesses espaços, a fim de compreender as trajetórias escolares dos alunos e as formas de transmissão doméstica do capital cultural. Para fundamentar as hipóteses, tomamos como referência Pierre Bourdieu, pelas possibilidades de interpretação oferecidas por meio dos conceitos habitus, capital cultural e capital social. A análise das trajetórias permitiu- nos constatar uma dinâmica familiar voltada para atender aos desafios do sistema escolar brasileiro que acabou deixando pouco espaço para a evocação das tradições japonesas.