Consequência funcional da inibição e superexpressão do fator de splicing SF1 em células de linhagem hematopoiética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pereira, Illy Enne Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
SF1
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17136/tde-16102019-093125/
Resumo: A proteína SF1 reconhece as regiões 3\' dos íntrons durante os estágios iniciais na formação do spliceossomo, mas não é necessária para o splicing constitutivo de todos os pré-mRNA nas células. Assim, SF1 atua como um fator de splicing alternativo sobre um sub-conjunto de prémRNAs celular. Estudos recentes demonstraram a ocorrência de mutações em SF1 em doenças hematológicas, porém ainda não está caracterizado se estas mutações causam ganho ou perda de função e nenhum estudo demonstrou a consequência funcional da expressão diferencial de SF1 no sistema hematopoiético. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a consequência funcional da inibição e da superexpressão do fator de splicing SF1 em células de linhagem hematopoiética. Células Namalwa foram transduzidas com lentivírus e retrovírus para inibição e superexpressão de SF1 respectivamente. Células eficientemente transduzidas foram selecionadas por puromicina (inibição) ou separadas por FACS (superexpressão) e utilizadas em ensaios funcionais, como apoptose (Anexina V), proliferação (Ki67, MTT) e unidade formadora de colônia, a fim de investigar as possíveis consequências da alteração da expressão de SF1 nesta linhagem. Os resultados obtidos demonstram que em ensaios de formação de colônia, células depletadas ou que superexpressam SF1 (inibição n=1 e superexpressão n=2) formaram menos colônias em relação ao controle. As células que superexpressam SF1 formaram colônias 2 vezes maiores, que as formadas pelas células controles. O ensaio de viabilidade por MTT demonstrou menor viabilidade nas células tanto na condição inibida quanto na superexpressa para SF1 em relação ao controle; porém no ensaio de apoptose e proliferação não houve diferença em relação ao controle. Assim, os dados obtidos indicam que a alteração da expressão de SF1 não desenvolve papel relacionado a função de proliferação e apoptose em células hematopoiéticas; porém, resulta na redução da atividade metabólica, alterando o fenótipo das unidades formadoras de colônia, que apresentam menor número em consequência da redução da viabilidade e, em contrapartida, o tamanho está aumentando por razões ainda desconhecidas