Determinação das exigências térmicas e hídricas do fungo Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin, 1883

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1986
Autor(a) principal: Alves, Roberto Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220208-035529/
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi determinar as exigências térmicas e hídricas dos isolados E9 PL-27 e PL-43 de Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin para obtenção de uma elevada produção de conídios viáveis desse patógeno e desenvolver um método com a utilização de climogramas, para se determinar quais as regiões e as épocas do ano maisindicadas para a aplicação desse fungo. O trabalho foi realizado no Laboratório de Patologia de Insetos do Departamento de Entomologia da ESALQ/USP, Piracicaba, SP. Lagartas de 5º instar de Diatraea saccharalis (Fabr.) foram inoculadas com 3,8 x 105 conídios por lagarta, para cada isolado, e em seguida (24 horas após a morte) os cadáveres foram mantidos nas temperaturas de 22 ± 0,2; 26 ± 0,2; 30 ± 0,2 e 34 ± 0,2°C associadas às umidades relativas do ar de 30, 50, 70 e 90%, durante diferentes períodos de tempo. Após a retirada dos cadáveres do interior dos dessecadores, realizou-se a contagem dos conídios produzidos sobre esses cadáveres com o auxílio da câmara de Neubauer. Determinou-se também a viabilidade dos conídios em meio de cultura BDA. Em função dos resultados obtidos, foi possível concluir que: a) o tempo de 48 horas de incubação é o mais indicado para se comparar a produção de conídios em diferentes temperaturas e umidades relativas do ar; b) as produções de conídios mais elevadas foram obtidas nas temperaturas de 26°C associada a umidades de 90 e 70%; 22°C associada a umidades de 30, 50, 70 e 90%; 30°C associada a umidades de 90 e 70%; c) a produção de conídios foi baixa em qualquer umidade quando a temperatura é de34°C; d) a temperatura de 22°C inibiu a influência das diferentes umidades sobre a produção de conídios; e) o tempo de 96 horas de incubação é o mais indicado para se comparar a viabilidade dos conídios produzidos sobre cadáveres de D. saccharalis em diferentes temperaturas e umidades relativas do ar; f) a viabilidade dos conídios manteve-se próxima de 100%, após 96 horas, nas temperaturas de, 22°C associada a umidades iguais ou superiores a 50%; 26°C associada a umidades iguais ou superiores a 70%, a 30 e 34% associadas à umidade de 90%; g) as exigências térmicas e hídricas para se obter alta produção de conídios e para a manutenção da viabilidade desses conídios próxima de 100%, são atendidas nas temperaturas de, 22°C associada a umidades iguais ou superiores a 50%; 26°C associada a umidades iguais ou superiores a 70%; 30°C associada a umidades iguais ou superiores a 90%; h) a utilização de climogramas com base nas exigências térmicas e hídricas dos isolados de M. anisopliae, demonstrou ser útil para a determinação da época de aplicação e previsão da ocorrência de epizootias nas diferentes regiões do país.