Obtenção e fusão de protoplastos em Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: Silveira, Wanderley Dias da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220208-034042/
Resumo: O presente trabalho foi conduzido com a finalidade de se estudar a possibilidade de obtenção do ciclo parassexual no fungo Metarhizium anisopliae, dentro e entre duas linhagens designadas E6 e RJ-3 que se diferenciam em várias características genéticas seja através de metodologia clássica ou através da fusão de protoplastos. Para isso, obtiveram-se mutantes morfológicos e auxotróficos induzidos por luz ultravioleta. Desenvolveu-se também uma técnica de enriquecimento por filtração para obtenção de mutantes auxotróficos, conseguindo-se um máximo de 6,13% de mutantes após crescimento em meio líquido por períodos intercalados de 20-24 horas e subseqüente filtração em cinco camadas de gaze esterilizada. O aumento de mutantes obtidos em relação ao processo de isolamento total foi de 613 X prevalecendo a obtenção de mutantes auxotróficos para aminoácidos e ácido nucleico sobre os deficientes para vitaminas. Produção de heterocário foi obtida entre mutantes auxotróficos complementares da linhagem E6, porém, não se logrou chegar ao estado diplóide. Com relação a heterocários entre mutantes auxotróficos das linhagens E6 e RJ-3, com raras exceções, estes não foram obtidos. Os heterocários que se desenvolveram entre estas linhagens produziram setores que, através da medida da quantidade de DNA por conídio e padrão eletroforético de esterases, mostraram-se ser diplóides e hiper-haplóides. A produção média de protoplastos em cada linhagem foi de 0,9 x 107/ml para a linhagem E6 e 1,33 x 107/ml para a linhagem RJ-3 após 2 horas e meia a 3 horas de tratamento frente ao complexo lítico. A técnica de fusão de protoplastos entre os mutantes auxotróficos e morfológicos envolvidos, ocorre com uma alta freqüência (0,83 . 10-5-44,1 . 10-5) e demonstrou que o estado heterocariótico é obtido, tanto nos cruzamentos dentro de linhagens como entre linhagens, ocorrendo recombinação e segregação, sem a obtenção do estado diplóide. Desse modo, a técnica de fusão de protoplastos constitui uma maneira viável para a obtenção de recombinação e variabilidade entre linhagens de M. anisopliae que sejam incapazes de apresentarem recombinação via metodologia clássica de ciclo parassexual, bem como abre a possibilidade de futuros estudos genéticos na referida espécie.