Ambientes virtuais imersivos e aprendizagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Queiroz, Anna Carolina Muller
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-05112020-200228/
Resumo: Os avanços tecnológicos e as mudanças sociais vivenciadas nas últimas décadas têm impactado significativamente a educação no Brasil e no mundo. Os ambientes virtuais imersivos (AVI) vêm despertando interesse de pesquisadores e da população em geral. Estes ambientes são capazes de simular computacionalmente estímulos visuais, auditivos e sensoriais de situações reais e imergir os sentidos do usuário no conteúdo digital. O interesse da aplicação de AVI para a aprendizagem é de longa data, mas somente nos últimos anos estes estudos se intensificaram, por conta da maior acessibilidade aos recursos tecnológicos e de desenvolvimento gráfico necessários. Entretanto, os estudos sobre o impacto dos AVIs na aprendizagem sob a ótica da Psicologia da Aprendizagem são escassos. Principalmente no que diz respeito à aprendizagem conceitual, não há evidências suficientes na literatura para se tirar conclusões sólidas do impacto dos AVIs. Diante disso, dois estudos foram conduzidos para comparar os efeitos de vídeos educacionais em AVI com uso de óculos de realidade virtual e vídeos tradicionais na aprendizagem conceitual e em aspectos afetivos da aprendizagem. No Estudo 1, 53 alunas da 8ª série de uma escola exclusivamente feminina aprenderam sobre o impacto das ações praticadas pelos seres humanos no oceano por meio de vídeos em AVI (usando óculos de realidade virtual), ou vídeos tradicionais (usando um computador). No Estudo 2, 139 alunas da 6ª à 8ª série da mesma escola usaram o mesmo material instrucional e equipamento do estudo 1 e as variáveis de estudo foram avaliadas 4 vezes (antes da intervenção, logo após cada uma das duas sessões de intervenção e 8 semanas após a intervenção). No Estudo 1, não houve diferença significativa na aprendizagem conceitual entre as condições, mas as participantes que assistiram vídeos em AVI relataram maior percepção de auto eficácia e expressaram sentimentos de presença mais intensos do que as participantes que usaram um computador. Os resultados do estudo 2 mostraram que as participantes na condição AVI obtiveram uma pontuação mais alta do que as participantes na condição computador na avaliação qualitativa de aprendizado conceitual, e também se verificou resultado semelhante para auto eficácia do primeiro estudo. Análises posteriores revelaram que o sentimento de presença e auto eficácia mediaram a relação entre condição e os resultados nos aspectos cognitivos e afetivos da aprendizagem. Os resultados e suas implicações são discutidos à luz da Psicologia Cognitiva e estudos futuros são propostos